O mercado imobiliário de Maceió está novamente em foco com especulações sobre a possível transformação de grandes áreas verdes, localizadas à beira-mar, em complexos residenciais. O principal alvo seria o espaço onde atualmente está instalado o Hotel Jatiúca, na praia de Jatiúca, uma das áreas mais conhecidas da cidade.
O caso ganhou repercussão nacional em 2024, quando surgiram informações sobre negociações entre a construtora responsável e o Grupo Lundgren, proprietário do hotel, para o desenvolvimento de um empreendimento imobiliário no local. A proposta gerou discussões sobre a preservação da área verde, considerada um dos poucos espaços naturais remanescentes na capital alagoana.
Na ocasião, o Ministério Público Estadual, por meio do promotor de justiça Jorge Dória, interveio no processo. A negociação foi arquivada, pois não houve formalização do negócio junto aos órgãos públicos competentes. No entanto, o tema voltou a ser comentado no início de 2025, com rumores de que um novo grupo de empresas, com atuação em nível nacional, estaria interessado na área para a construção de torres residenciais.
Além do Hotel Jatiúca, outra área de interesse para o setor imobiliário é um antigo complexo residencial localizado no bairro Jacarecica. De acordo com informações, uma empreiteira local demonstrou interesse em adquirir as casas existentes para a demolição e construção de novos edifícios. Essa prática, de transformar espaços antigos em áreas de maior adensamento, tem se tornado tendência no mercado imobiliário da cidade.
Outra movimentação que gera apreensão no setor ambiental é a possível incorporação das instalações da Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas, localizada também em Jacarecica, para a construção de novos empreendimentos residenciais. A região, que conta com uma localização privilegiada no litoral de Alagoas, tem atraído atenção por seu potencial de valorização imobiliária.
Esses projetos podem afetar o equilíbrio ambiental da cidade e alterar a paisagem urbana de Maceió, que já enfrenta desafios relacionados à preservação de suas áreas verdes. A situação segue sendo monitorada por autoridades e entidades ambientais.
Com Blog do Flávio Gomes de Barros.