Vítimas alertam bancos interessados na Braskem sobre real passivo da empresa

Reprodução/Arquivo

Redação*

Vítimas da Braskem se reuniram, na noite dessa quinta-feira (20), para lançar uma “CARTA ABERTA AOS BANCOS CREDORES DA BRASKEM”, com o intuito de alertar interessados em assumir o controle da empresa sobre o tamanho real do passivo em Alagoas, muito superior ao que é declarado.

Além disso, comunicar aos bancos credores que 58% das vítimas da Braskem em Maceió sequer foram procuradas para negociar os seus prejuízos, até o momento. Ao contrário do que a empresa alega.

Também chamar a atenção para a necessidade da participação da representação das vítimas do megadesastre – e maiores credores privados do conglomerado – que a empresa provocou em Alagoas nas tratativas a respeito da eventual troca no comando acionário da empresa.

O encontro realizado na sede da Igreja Batista do Pinheiro, também afetada pela Braskem, reuniu representantes dos afetados pela mineração predatória daquela empresa, de associações, sindicatos, da sociedade organizada de Maceió, de inúmeras vítimas e contou com a presença do defensor público Ricardo Merlo.

O fórum, coordenado pelo economista Elias Fragoso, alcançou plenamente o seu objetivo com a Carta Aberta aprovada pelos presentes e seu encaminhamento aos CEOS dos Bancos programado para esta sexta-feira (21). A carta focou ainda em outros pontos:

A iniciativa da Carta e do encontro é pioneira entre vítimas de empresas mineradoras no Brasil, uma vez que o padrão tem sido elas ficarem a reboque das tratativas realizadas pelas empresas causadoras dos acidentes e o Estado, o que redundantemente, tem se mostrado altamente negativa para os afetados, sempre colocados de lado em detrimentos dos interesses estatais.

Essa estratégia, inaugura uma nova etapa no processo de discussão do passivo da Braskem em Alagoas ao buscar a negociação direta, sem a interferência do Governo de Alagoas e da Prefeitura de Maceió pelo histórico de anomias em relação à defesa dos interesses dos afetados ao longo dos últimos quase sete anos pós megadesastre.

Confira a Carta na íntegra:

/com Assessoria

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