Novo relatório da Defesa Civil de Maceió insiste que danos nos Flexais não têm relação com a Braskem

Foto: Reprodução

Redação

Na última quinta-feira, dia 30 de julho, a Defesa Civil municipal, a Defesa Civil nacional e a Braskem divulgaram o relatório oficial do Comitê de Acompanhamento Técnico, afirmando que não há indícios suficientes para correlacionar os danos verificados nos Flexais e em parte da Chã de Bebedouro com o processo de afundamento do solo causado pela mineração irregular da Braskem.

No relatório, as equipes técnicas afirmam que “os danos encontrados — como rachaduras em paredes, pisos afundando e infiltrações severas — seriam fruto de vícios construtivos e ausência de manutenção. Em uma das inspeções, foi constatado que 93% das casas não possuíam impermeabilização adequada, e mais de 80% apresentavam ausência de vergas ou contravergas”.

Moradores e lideranças acusam a Braskem, juntamente com o poder público, de usar pareceres técnicos para restringir o mapa das áreas afetadas. Sendo assim, trata-se de mais uma tentativa institucional de negar a realidade vivida pelos moradores, impedindo o acesso à indenização, ao reassentamento e à justiça.

Além disso, o relatório é assinado por representantes da própria Braskem, a empresa responsável pela tragédia, comprometendo sua credibilidade e imparcialidade.

O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) segue exigindo:

“A situação dos Flexais reflete uma política de invisibilização que continua em curso: o apagamento de comunidades vulneráveis em nome da contenção de danos jurídicos e financeiros para uma empresa que lucrou à custa da destruição de vidas”, afirma o Movimento Unificado de Vítimas da Braskem (MUVB).

Veja o relatório na íntegra:

 

 

 

Sair da versão mobile