Por Redação
O economista Gil do Vigor utilizou as redes sociais para explicar a falência do Banco Master, que teve a liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central na terça-feira (18). A Prefeitura de Maceió investiu R$ 117 milhões do fundo previdenciário dos aposentados e pensionistas do Instituto de Previdência de Maceió (Iprev) na instituição, sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Segundo Gil, o FGC garantiria a recuperação de até R$ 250 mil do valor aplicado em caso de falência. Ele também alertou que valores acima do limite de garantia, ou investimentos sem essa proteção, podem ser totalmente perdidos. O dinheiro investido pelo município não contou com cobertura do fundo.
“Se você tem mais do que isso, o que acontece? Somente os 250 mil vão ser garantidos, e o que passar desse valor você se torna credor da instituição, que é o nome que eles dão para uma fila de gente que vai ficar lá esperando. Se sobrar dinheiro depois de liquidar tudo, aí você recebe. Ou seja, muito difícil acontecer”, afirma Gil.
Com o risco de perda milionária, parlamentares seguem exigindo explicações e responsabilização da gestão do prefeito João Henrique Caldas (JHC), responsável por aplicar o recurso no banco, que já apresentava sinais de fragilidade.
Na terça-feira, a Polícia Federal também prendeu o proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, investigado por crimes como gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros. Segundo o Banco Central, a medida contra a instituição financeira ocorre em situação de insolvência irrecuperável, ou seja, incapacidade em cumprir com as obrigações financeiras.
