A primeira parcela do 13º salário já caiu na conta de muitos trabalhadores na última sexta-feira, 21. Mas como há empresas que optam por realizar o pagamento único, em dezembro, coincidindo com o período da segunda parcela, ainda há valores a serem injetados. A projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), por meio do Instituto Fecomércio AL, é de que a gratificação natalina movimente R$ 1,48 bilhão na economia alagoana nesta reta final de ano.
Segundo o presidente da entidade, Adeildo Sotero, o volume significativo promete impulsionar as vendas do comércio de bens, serviços e turismo. “Nosso comércio está pronto para atender a demanda de um consumo que tradicionalmente cresce nesta época. Seja para a compra de presentes e decorações, seja para as confraternizações de final de ano ou lazer, há uma variedade de produtos e serviços à disposição dos consumidores, atendendo a todos os bolsos e gostos e nos convidando a prestigiar as empresas locais”, afirma.
Projeção considera folha dos setores público e privado
A estimativa do Instituto Fecomércio AL tem como base o cruzamento de dados relativos a pessoas empregados nos setores público e privado, conforme explica o assessor econômico Lucas Sorgato. De acordo com dados do Ministério do Trabalhe e Emprego (MTE), por meio do Novo Caged, Alagoas possui cerca de 477 mil pessoas empregadas nos setores público ou privado (número de setembro, último mês informado).
No setor público, segundo o Painel Estatístico de Pessoal, Alagoas tem 13.774 servidores da esfera federal, sendo 7.766 ativos, devendo injetar cerca de R$ 120 milhões em gratificação natalina. Na esfera estadual, a estimativa é de aproximadamente R$ 300 milhões a serem pagos a mais de 80 mil servidores ativos e inativos. No âmbito municipal, e utilizando apenas Maceió como base, o décimo deve movimentar mais de R$ 140 milhões, incluindo os servidores ativos, pensionistas e inativos.
Mas não é uma simples soma que resultará no montante relativo ao funcionalismo. “O valor poderia ser maior para o período do final de ano, contudo os servidores podem optar por receber o décimo no seu mês de aniversário. Neste sentido, não se sabe ao certo o valor que já foi efetivamente antecipado. Então, para este estudo, arbitramos um valor um pouco acima da metade da folha salarial mensal do funcionalismo público alagoano”, ressalta o economista.
Partindo para a iniciativa privada, a base de dados foi a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual Alagoas detém um total de 352 mil trabalhadores com carteira assinada pelo setor privado. Somando este volume com o salário médio de R$ 2.637,58, conforme informações do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) divulgados pelo IBGE em novembro de 2025, estima-se uma injeção de R$ 928 milhões pagos pelo décimo.
A partir destas informações, o Instituto projeta o total de R$ 1,48 bilhão de recurso a partir do adicional natalino. “É um valor interessante e que movimenta o comércio de forma surpreendente! Cabe ao empresário saber como conquistar sua fatia desse bolo, ofertando produtos e serviços adequados aos consumidores locais”, avalia Sorgato.
/Fecomércio AL
