Não há como negar: o Natal é a melhor data de vendas para o comércio varejista. No entanto, neste ano, os comerciantes terão que investir em promoções caso queiram realizar vendas. Isso, porque, segundo a pesquisa especial da Secretaria do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), em geral, os produtos natalinos estão com preços mais altos na capital alagoana.
Conforme o supervisor de Estudos e Pesquisas da pasta, Gilvan Sinésio, por ser um período de confraternizações, é normal que o comércio se aqueça. Ele explica, no entanto, que por conta do cenário econômico de retração atual, os itens pesquisados durante o levantamento apresentaram altas, quando comparado com o mesmo período de 2015.
“Em 2016, foi possível perceber que os preços de vários itens tradicionais apresentaram altas significativas, influenciados, principalmente, pelo aumento do nível de preço ocorrido ao longo dos meses e da instabilidade econômica atual”, explica Sinésio.
A pesquisa realizada analisou os seguintes grupos: artigos de decoração, alimentação, bebidas, eletrônicos e vestuário. Em relação aos artigos decorativos, os dados revelam que itens como bengalas e guirlandas apresentaram aumentos de 32,11% e 12,35%, respectivamente.
“De modo geral, os artigos de decoração sofreram aumentos de 7,00%. Vale salientar que sobre os produtos citados houve o aumento, principalmente, por eles terem em sua composição básica o plástico, produto derivado do petróleo que sofreu diversas alterações de preço devido ao atual cenário econômico”, pontua Gilvan Sinésio.
No setor alimentício, os itens mais procurados apresentaram, em sua maioria, variações positivas em seus preços, quando comparados aos do mesmo período do ano passado. Os itens que mais se destacaram foram o azeite, com variação de 28,89% e o creme de leite, com 27,24%.
No caso das bebidas, a pesquisa especial aponta que a cerveja teve um aumento de 17,84% em relação a 2015, seguida dos refrigerantes (13,68%) e aguardente (13,50%). A explicação para esse comportamento foi a elevação dos impostos como o ICMS, além da alta nos custos de transporte e de produção.
Presentes
Tradicionalmente utilizado como presente, o grupo de eletroeletrônicos foi um dos que mais sentiu os efeitos provocados pelo atual momento econômico. As variações percentuais dos eletrônicos aumentaram, em média, 13,61%.
Quem pretende presentear familiares ou amigos com artigos de vestuário também é bom ficar de olho nas pesquisas, pois, segundo os dados levantados, saias e bermudas apresentaram aumentos consideráveis, com variações de 7,67% e 8,16%, respectivamente.
“Assim como no ano passado, este Natal será marcado por preços altos e uma grande retração da demanda, ocasionados pela crise. Apesar do 13º salário ter saído recentemente para diversos trabalhadores, é normal que haja diminuição no número de compras. De qualquer forma, a melhor recomendação é para que os lojistas invistam em promoções e os consumidores em pesquisas”, completa Gilvan Sinésio.
Fonte: Agência Alagoas