O estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, agredido por um policial militar em Goiânia, continua internado em estado grave. Silva foi agredido durante manifestação no centro de Goiânia (GO) na última sexta-feira (28). Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas.
Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado hoje (1º), o estudante está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.
Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.
Um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais registrou o exato momento em que Silva foi atingido por um policial portando um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando um policial militar o atinge na cabeça, segurando o cassetete com as duas mãos.
Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) repudiou a violência contra o estudante de ciências sociais e cobrou das autoridades goianas a adequada apuração dos fatos e punição aos responsáveis.
Chefiada pelo ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri, um especialista na área de direitos humanos, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás instaurou um procedimento investigatório para apurar a atuação policial, esclarecer se houve abusos e identificar os eventuais responsáveis. Nesta segunda, a PM goiana afastou Augusto Sampaio.
“O capitão foi afastado das funções de rua ainda na sexta-feira, em função da agressão ao estudante”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar goiana, coronel Divino Alves de Oliveira. “Assim que tivemos conhecimento do ocorrido, já determinamos abertura de inquérito para apurar o que aconteceu.”
Fonte: Notícias ao Minuto