O julgamento de Luiz Alberto Bernadino da Silva, acusado de matar a estudante de Fisioterapia Giovanna Tenório, segue no Fórum de Maceió. Após serem ouvidas as testemunhas, o réu foi interrogado e negou participação no crime.
Luiz Alberto, que na época trabalhava como caminhoneiro, disse que no dia do assassinato fez a entrega de frutas e que foi para casa alimentar seus cachorros. Logo depois seguiu para a casa da mãe dele, no Eustáquio Gomes. Em relação ao celular da vítima, que foi encontrado em sua posse, afirmou ter comprado o aparelho no dia seguinte por R$ 40.
Segundo o assistente de acusação Welton Roberto, o réu mentiu e teve, sim, envolvimento no crime. “Existem provas cabais da participação dele. Toda a parte do monitoramento eletrônico, do local onde o celular dele se encontrava, coloca Luiz Alberto na cena do crime. Além disso, a toalha em que foi envolto o corpo da Giovanna foi reconhecida pela própria companheira dele. Então, temos provas materiais para a condenação”, afirmou.
O advogado de defesa Thiago Mota alegou que o réu é inocente e que não teve nenhum motivo para praticar o assassinato. “Ele sequer conhecia a vítima ou qualquer das pessoas às quais o processo está se referindo. O Ministério Público também não foi capaz de precisar quando, como e onde o crime ocorreu”, ressaltou.
Após o interrogatório do réu, começa a fase dos debates. Acusação e defesa têm 1h30, cada, para falar. Havendo réplica e tréplica, é dada mais 1h. De acordo com o juiz John Silas, titular da 8ª Vara Criminal de Maceió, o júri deve terminar apenas nesta sexta-feira (29).
“Se chegarmos às 21h, vamos encerrar os debates, os jurados irão para um hotel que já está reservado e amanhã, às 8h, retomaremos os trabalhos”, explicou o magistrado.
O promotor do caso é Antônio Villas-Boas. A defesa do réu também conta com o advogado Ricardo Moraes.
Sessão está sendo realizada no salão do 2º Tribunal do Júri, no Fórum de Maceió. Foto: Itawi Albuquerque.
O caso
De acordo com os autos, Giovanna Tenório desapareceu no dia 2 de junho de 2011, por volta das 12h30, nas proximidades da Faculdade de Fisioterapia do Cesmac, no bairro do Farol. O corpo da estudante foi encontrado dias depois, em um canavial na Fazenda Urucum, situada entre os municípios de Rio Largo e Messias.
Ainda segundo o processo, a mandante do crime seria Mirella Granconato Ricciardi, que teria descoberto o envolvimento da estudante com o marido dela, Antônio de Pádua Bandeira, também apontado como autor intelectual. O réu Luiz Alberto Bernadino da Silva é apontado como o autor material. Ele está sendo julgado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto simples.
O júri de Mirella Granconato está marcado para o dia 11 de outubro, às 8h, no Fórum de Maceió. Ela será julgada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Redação, com Ascom TJ