Desde que o ex-presidente Lula esteve em Alagoas durante a Caravana “Lula pelo Brasil”, em agosto passado, o Partido dos Trabalhadores vem discutindo internamente entre as tendências a possibilidade de reaproximação do governo Renan Filho (PMDB), visando a composição do palanque do presidenciável nas eleições de 2018.
As presenças destacadas do governador Renan Filho e do senador Renan Calheiros, nos atos públicos realizados nas cidades de Penedo e Arapiraca dando um tom claramente oposicionista ao governo Temer, principalmente no momento de graves retrocessos na conjuntura política nacional, têm sinalizado nessa direção.
Segundo Marcelo Nascimento, presidente do PT em Maceió, “o PT precisa liderar o processo de construção de uma frente ampla capaz de apontar um novo projeto de desenvolvimento para país. A caravana Lula pelo Brasil mostrou na prática o caminho para construção desta frente em defesa do Brasil, estabelecendo dialogo com setores amplos da sociedade por onde passou no nordeste, como é o caso de Sergipe (PMDB), Pernambuco (PSB), Paraíba (PSB/PMDB), Rio Grande do Norte (PMDB), Maranhão (PCdoB), Ceará (PMDB) e Piauí (PMDB). Desta forma, o principal desafio para o PT em Alagoas é garantir um palanque amplo em defesa da candidatura de Lula e de um projeto nacional,” afirmou.
O presidente da legenda em Maceió, disse ainda que mesmo tendo convicção de que estatutariamente a decisão final é da direção estadual do PT, pretende convocar Plenária Municipal para ouvir todos os filiados em Maceió e fazer o debate de forma dialética sobre a melhor estratégia a ser adotada no caso de Alagoas para viabilizar a eleição de Lula a presidente em 2018, sem moralismo ou sectarismo de setores que não conseguem fazer a leitura da grave conjuntura que atravessamos.
“Se por um lado o PSDB liderado por Rui Palmeira montará um palanque para Alkmin, reunindo partidos como DEM, PR, PP e PROS, precisamos articular um palanque amplo e competitivo para Lula em Alagoas, com PT, PCdoB, PDT e PMDB, dentre outros, já que alguns partidos considerados de esquerda não conseguem aglutinar aliados em torno de seus projetos e deverão lançar candidaturas majoritárias de forma isoladas.”