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Brasil tem 34% dos casos de coinfecção de tuberculose e HIV do mundo

3 de janeiro de 2018
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No Brasil, os números dos últimos anos apontam para uma desaceleração tanto no número de diagnósticos quanto na mortalidade por tuberculose. Mas a quantidade de novos casos da tuberculose a cada ano ainda é considerada alta, principalmente entre populações mais vulneráveis, como os indígenas, pessoas privadas de liberdade e em situação de rua.

Cerca de 75 mil casos novos e reincidentes de tuberculose foram registrados no país em 2016. O montante corresponde a aproximadamente 200 casos por dia no país. Estima-se que desse total aproximadamente, 6 mil pessoas (8%) vivem com HIV. No mundo, cerca de 10,4 milhões de pessoas foram infectadas por tuberculose em 2016, sendo que 10% das vítimas têm HIV.

O Brasil tem um terço (33%) de toda a carga de tuberculose das Américas e figura no grupo de países que congregam quase 40% de todos os casos de tuberculose do mundo e cerca de 34% dos casos de coinfecção com HIV. O dado preocupa a OMS, que tem visto com “cuidado o que a tuberculose vem causando no país”.

“Embora nos últimos 15 anos tenha havido uma queda de aproximadamente 2% dos casos ao ano, ainda é um número muito elevado. São 70 mil casos por ano, então a Opas vê com muita preocupação, embora considera-se que haja uma boa perspectiva de controle”, disse Fábio Moherdaui, consultor nacional de tuberculose da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

A Agência Brasil publica esta semana uma série de matérias sobre a infecção simultânea de pessoas com o vírus HIV e a bactéria da tuberculose. Menos da metade das pessoas com ambas as infecções tomam antirretrovirais.

Questões sociais

A tuberculose está diretamente ligada a desafios sociais, como a pobreza, miséria, exclusão, invisibilidade e preconceito. Além das pessoas soropositivas, as populações indígena, carcerária e pessoas em situação de rua estão entre os mais vulneráveis a contrair a doença. Moradores de rua chegam a ter 56 vezes mais chance de contrair a tuberculose por combinar diferentes vulnerabilidades, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Menos da metade dos infectados por HIV e tuberculose tomam antirretroviral
“Quanto mais pobre é uma pessoa, maior é o risco de ela adquirir tuberculose. A população indígena, na hora de dormir, vai pra maloca, bota a fogueira e fica todo mundo encolhido, respirando o mesmo ar. E ainda tem a questão do fumo, ou da fumaça da fogueira, que reduzem a capacidade do pulmão de se proteger contra a infecção. Na população em situação de rua, muitas vezes eles estão desnutridos e com a imunidade baixa, e se você associa isso a pessoa que usa crack, ou que tem HIV, então tem um prato cheio pra tuberculose”, explica o infectologista Rafael Sacramento, integrante da Organização Médico sem Fronteiras.

Dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) mostram que as pessoas privadas de liberdade, apesar de representarem cerca de 0,3% da população brasileira, correspondem a 9,2% dos pacientes de tuberculose no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, a cada 100 mil presos, 897 são contagiados dentro do sistema prisional, enquanto que entre a população geral essa taxa é de 36 a cada 100 mil pessoas.

Especialistas explicam que boa parte deles já chega infectado nos presídios, porque já viviam em situação de vulnerabilidade e pobreza antes de iniciar o cumprimento da pena. Mas a chance de desenvolver a doença aumenta dentro do presídio devido às condições insalubres do ambiente. “As pessoas vivem amontoadas, respirando o mesmo ar, com pouca ventilação, com pouca entrada de sol, e isso também favorece a disseminação da tuberculose lá dentro”, descreve Sacramento.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que vai lançar no segundo semestre deste ano uma campanha educativa em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para orientar profissionais de saúde, agentes e familiares que têm contato com os encarcerados. A ideia é sensibilizá-los para comunicar possíveis sintomas da doença.

Observação dos sintomas

A tuberculose se caracteriza pela infecção do chamado bacilo de Koch, entre outros agentes, e é transmitida pelo ar. A pessoa infectada pela tuberculose pulmonar tem geralmente os seguintes sintomas: tosse constante por duas ou três semanas, escarro (às vezes com presença de sangue), dor no peito, fraqueza, perda de apetite, de peso, febre e sudorese. Nos casos em que a tuberculose afeta outros órgãos, os sintomas podem variar.

Se o paciente seguir de forma regular a terapia padrão com os quatro medicamentos básicos, ele tem 100% de chance de cura, caso não esteja infectado pelo tipo resistente da tuberculose. O tratamento dura pelo menos seis meses e pode se estender por até um ano. Se não aderir ao tratamento adequadamente, o indivíduo pode infectar de 10 a 15 pessoas no período de um ano, segundo estimativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Nem sempre a infecção evolui para a doença, mantendo-se de forma latente no organismo. Além das pessoas que vivem com HIV, pacientes com diabetes, fumantes ou alcoólatras, ou que apresentam qualquer condição que reduza a imunidade também estão mais propensos a desenvolver a enfermidade.

Os principais testes realizados no país para detectar a tuberculose pulmonar são a baciloscopia (conhecida como exame do escarro) e a cultura. Eles podem ser feitos na rede pública de saúde. “A gente tem também o exame molecular. O nome da máquina mais comum é genexpert e ela consegue dizer se tem a bactéria no escarro em duas horas e ainda diz se tem resistência primária à rifampicina e a isoniazida, que são as duas drogas do tratamento básico. Se esse tipo de teste fosse popularizado e estivesse realmente disperso em todas as unidades de saúde, a gente aceleraria o diagnóstico. E uma vez no tratamento, em cerca de 21 dias a pessoa já não transmite mais”, afirma o infectologista Rafael Sacramento.

Além da baixa capacidade de testagem, o médico aponta ainda que outro empecilho para o diagnóstico e tratamento precoce da coinfecção de tuberculose e HIV é o medo do preconceito em razão do estigma que ainda cerca as duas doenças. “Se a gente conseguisse reduzir o preconceito, as pessoas revelariam mais cedo, fariam o teste mais cedo e teriam acesso ao tratamento cada vez mais cedo e isso seria um grande promotor de saúde. O estigma e a baixa capacidade de testagem mantêm as pessoas distantes do tratamento, afirmou Sacramento.

 

AB

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