Paul Virilio, filósofo e arquiteto francês, morreu aos 86 anos. Ele morreu após sofrer uma parada cardíaca no dia 10 de setembro.
Segundo comunicado da família divulgado nesta terça-feira (18), era desejo dele que o funeral, na segunda-feira, fosse realizado antes do anúncio da morte.
Virilio nasceu em 1932, em Paris. O pai era italiano, comunista e refugiado político; e a mãe era uma católica da região da Bretanha, na França.
Crítico do mundo contemporâneo
O pensador ganhou destaque no meio acadêmico internacional como filósofo e crítico da socidade atual. Foi um dos principais ensaístas sobre os meios de comunicação, a “guerra da informação” e o mundo cibernético.
Ele foi editor da revista do grupo Architecture Principe. Também foi professor e diretor-geral da Escola de Arquitetura de Paris. Dirigiu, a partir de 1973, a coleção L´Espace Critique (Éditions Galilée).
Trabalhou em várias igrejas francesas e colaborou, no começo da carreira, com artistas como Henri Matisse.
Em 1990, ele se tornou diretor de programas do Collège International de Philosophie de Paris. Em 2000, o urbanista inaugurou no Japão o Museu das Catástrofes, projetado e dirigido por ele.
No Brasil, publicou livros como “Velocidade e política” (1996), “A bomba informática” (1999) e “Estratégia da decepção” (2000).
Segundo sua filha Sophie Virilio, ele estava escrevendo um livro com o historiador Jacques Arnould, que ainda pode ser publicado. Ele também queria fazer uma nova exposição na Fundação Cartier, em Paris.
G1