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Cientista política faz raio-x na reta final das eleições

5 de outubro de 2018
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A Doutora em Ciência Política e coordenadora do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas, Luciana Santana, analisou pontos importantes da disputa política no Brasil e em Alagoas. Confira o raio-x na íntegra:

Folha de Alagoas – Como a senhora enxerga o movimento “separatista” entre eleitores do Bolsonaro e toda classe política?

Independentemente de quem seja o candidato, a adoção de um discurso da apolítica é muito preocupante para a democracia. E nesse caso, o vencedor terá à sua frente o desafio de propor um pacto de respeito às regras constitucionais, um pacto com a classe política em busca de governabilidade que possa contribuir com mudanças positivas para a população e um acordo social para atenuar a polarização social que vem crescendo no país, desde 2013.

O segundo turno entre Bolsonaro x Haddad reflete o que na ótica da Ciência Política?

O cenário atual tem contrariado previsões de que a candidatura de Bolsonaro perderia energia de maneira decisiva ao longo da campanha e de que Lula não conseguiria transferir votos para Haddad. Tudo indica que o segundo turno será entre Bolsonaro e o candidato de Lula, Haddad, a não ser que as pesquisas estejam completamente equivocadas ou algum fato surpreendente ocorra nessa reta final.

Ademais, não podemos desconsiderar também que essa polarização vem combinada a uma alta taxa de rejeição e também uma fragmentação na disputa (13 candidatos).

O que reflete a polarização? Deixa explícito o sentimento da sociedade brasileira. De um lado a busca por um “salvador da pátria” que possa colocar o sistema no chão e começar da estaca zero e de outro a nostalgia dos tempos áureos dos dois governos de Lula. Entretanto não se pode desconsiderar que uma parcela de eleitores ainda é o eleitor mediano brasileiro que sempre buscou opções moderadas, transitando próximo ao centro, seja à direta ou à esquerda, mas que não estão conseguindo se corporificar em uma terceira que seja competitiva e que possa fazer frente à polarização que está sendo apresentada.

Quem ganhar a eleição, dos presidenciáveis, terá as mesmas dificuldades que Dilma, pois a ex-presidente veio de uma eleição apertada com Aécio Neves?

Acredito que, independentemente de quem vença as dificuldades de governar serão muitas, não necessariamente as mesmas que Dilma enfrentou. Se mantida a polarização em torno de de Bolsonaro e Haddad, é possível vislumbrar a vitória de um presidente com base minoritária

no legislativo. Terão que negociar apoios, ou seja, buscar formar maioria parlamentar que garanta governabilidade para o novo governo. Não será algo tão fácil de fazer até a posse. Isso pode levar até um ano.

Além disso, o próximo presidente encontrará muitos problemas para administrar no âmbito do Estado: déficit nas contas, crise econômica, crise política, taxa alta de desemprego, problemas sérios de segurança pública, crises econômicas em vários estados (renegociação de dívidas, empréstimos, etc…) dentre outros…

O que fará diferença será a sua maior ou menor habilidade do presidente para lidar com todas as dificuldades que estarão à sua frente.

É possível manter a “governabilidade” no Brasil sem a maioria na Câmara e no Congresso?

Do início da redemocratização para cá, temos observados casos de sucesso e derrota que os diferentes presidentes sofreram ao longo de seus mandatos. E a principal conclusão é que sem maioria legislativa as dificuldades para governar e ter êxitos tornam-se muito expressivas. Torna-se, portanto, uma necessidade real. Todas as propostas dos presidentes só são possíveis de serem executadas, se houver aprovação do Legislativo. Em alguns casos, essa maioria precisa ser qualificada, ou seja pelo menos de 2/3 de deputados e senados.

Vindo para Alagoas, a reeleição de Renan Filho, sem oposição, reflete de forma positiva ou negativa para mais quatro anos de mandato?

Reeleições para o Executivo tornaram-se frequentes desde 1998. Aproximadamente 70% dos postulantes à reeleição para cargos executivos são bem-sucedidos, mas não significa necessariamente que o segundo mandato seja no mesmo nível do anterior. Há situações que são melhores, em outros piores. Depende de muitos outros fatores, equipe, conjuntura, recursos, composição parlamentar, dentre outros.

Como a atual gestão é muito bem avaliada e considerando que se trata de um jovem governador, possivelmente com ambições políticas maiores para o futuro, a perspectiva é que o segundo mandato também possa ser bem-sucedido.

Cabe lembrar que as oposições são saudáveis para o jogo democrático e permitem que os governos possam estar vigilantes e cada vez mais preocupados com melhorias na gestão. A falta de oposição em si na eleição pode não ser negativo, mas devemos observar se e como a oposição será formada no âmbito da Assembleia legislativa e como se comportará frente ao Executivo.

Em 2020 esse mesmo grupo, de Renan Filho, deve lutar pela hegemonia política, principalmente em Maceió e Arapiraca. Com esse panorama de esvaziamento e desorganização da oposição, como fica o cenário que se avizinha?

Ainda é um pouco cedo para vislumbrar o cenário para as eleições municipais de 2020. O desempenho do governo ao longo do mandato também será decisivo.

O esperado é que em 2019 os grupos derrotados ou que se posicionarão na oposição ao governo “sente-se no divã” e busque se reorganizar para se posicionar melhor para as próximas disputas e apresentar nomes que sejam realmente competitivos e que façam a diferença para o estado.

Até aqui, na sua avaliação qual a principal surpresa política em Alagoas e no Brasil?

Não sei se teremos grandes surpresas ainda, mas reafirmação de lideranças políticas que foram eleitas em 2014, seja na ocupação do mesmo cargo ou em novo cargo.

O percentual de votos do governador pode ser uma das mais expressivas do país, em termos proporcionais e isso vale a pena ser mencionado.

Espera-se também uma maior ocupação de cadeiras na ALE por candidatas mulheres.

Rodrigo Cunha pode ser considerado o novo na política alagoana sendo eleito senador?

O novo na política é algo bastante subjetivo, muitas vezes temos novos nomes, mas que mantém práticas tradicionais ou com muitos “vícios”. E há casos, em que nomes mais experientes podem surpreender e apresentar rumos diferentes para a políticas e fazem diferença no mandato parlamentar ou na gestão de governo.

Eu diria que Rodrigo é um político jovem muito importante, que tem se diferenciado do comportamento médio do parlamentar alagoano e que apresentou uma marca própria no seu primeiro mandato como deputado estadual.

Pode surpreender e ter uma votação bastante expressiva para o cargo que disputa para o Senado.

Renan Calheiros é considerado por muitos figurões o principal articulador político com mandato no Brasil e sem mandato, o ex-presidente Lula. Na sua avaliação, essa demonstração de habilidade ainda é uma característica de quem mantém o êxito nas urnas?

Acredito que os dois políticos têm características políticas diferentes, mas nas duas situações esses políticos só chegaram onde chagaram ou tem a força política que tem porque foram frutos de escolha popular.

Como você define o fenômeno chamado “redes sociais” na política tupiniquim?

As redes sociais são ferramentas muito importantes para a interação, comunicação e disseminação de informações políticas também. Entretanto, devem ser utilizadas com parcimônia e é necessário que o receptor da mensagem tenha condições de filtrar e selecionar as informações com qualidade. O seu mau uso pode causar danos sérios para atores envolvidos no processo eleitoral. O grande desafio é fiscalizar e combater a proliferação de fake News (notícias falsas), especialmente por meio do whatsapp. Em outras redes como twitter, instagram ou facebook o controle é mais fácil.

Como a senhora vê o quadro de renovação para a Câmara dos deputados e Assembleia Legislativa no estado?

A expectativa no âmbito federal é de baixa renovação para a Câmara dos deputados, espera-se que pelo menos 75% dos deputados atuais e que estão buscando a reeleição sejam reeleitos. Entretanto, para Alagoas a renovação deve ser de 40 ou 50%. Essa taxa será menor porque dois dos deputados federais não estão disputando o cargo (Maurício Quintela e Cícero Almeida). Há uma expectativa que pelo menos 4 novos nomes se dividam entre deputados das duas principais chapas que disputam as eleições.

No caso da Assembleia, há expectativa de uma renovação média de 45 a 50% e também do aumento da representação de mulheres deputadas em comparação ao mandato atual.

Em ambos os casos, Câmara dos deputados e Assembleia Legislativa, a porcentagem de deputados governistas (chapa do governo) eleitos poder ser acima de 70%.

Tabela realizada pela Folha de Alagoas aponta favoritos

Deputado Estadual

Avança Mais Alagoas 2 – deve eleger de 10 a 12 estaduais

Cícero Almeida, Antônio Albuquerque, Galba Novais, Gilvan Barros, Jó Pereira, Lobão, Marcelo Beltrão, Marcelo Victor, Olavo Calheiros, Paulo Dantas, Ricardo Nezinho, Thaise Guedes, Ronaldo Luz, Ronaldo Medeiros, Yvan Beltrão e Hollanda.

Alagoas Com o Povo 1 – deve eleger de 6 a 7 deputados

Ângela Garrote, Bruno Toledo, Célia Rocha, Cibele Moura, Chico Filho, Davi Davino Filho, Dudu Ronalsa, João Caldas, Léo Loureiro, Tarcizo Freire e Val Gaia.

Avança Alagoas – deve fazer de 3 a 4 estaduais

Inácio Loiola, Chico Tenório, Carimbão Júnior, Judson Cabral e Zé Alfredo.

Alagoas Que O Povo Quer – deve eleger de 1 a 2

Sílvio Camelo, Genivaldo da Fetag, Jairo Campos e Othoniel Pinheiro.

Círculo Democrático – deve eleger de 4 a 5.

Fátima Canuto, Jairzinho Lira, Marcos Barbosa, Flávia Cavalcante, Marcos Madeira, Breno Albuquerque, André Monteiro e João Luiz

Muda Alagoas de Verdade – deve eleger 1

Francisco Salles, Cabo Bebeto e Sargento Ramalho.

Deputado Federal

Avança Mais Alagoas I – deve eleger de 4 a 5

Sérgio Toledo, Carimbão, Ronaldo Lessa, Marx Beltrão, Isnaldo Bulhões, Nivaldo Albuquerque e Paulão.

Com o Povo II – deve eleger de 4 a 5

Arthur Lira, JHC, Severino Pessoa e Pedro Vilela.

Heloísa Helena (candidata pode ser eleita obtendo a maior sobra eleitoral)

Senado

Rodrigo Cunha, Renan Calheiros e Maurício Quintella.

*Os nomes citados foram elencados com base em análises de especialistas políticos e não estão em ordem de votação.

 

Jornal Folha de Alagoas

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