A deputada estadual Cibele Moura (PSDB) defendeu durante sessão especial na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) que discutiu a existência de ‘faculdades fantasmas’ e o golpe do diploma em Alagoas, que os alunos que foram lesados possam ser submetidos pelo Ministério da Educação (MEC) a um teste de proficiência, que indicará o conhecimento e a capacidade dos estudantes para que parte da carga horária possa ser aproveitada.
“É muito importante uma audiência como a de hoje e mais ainda o que vamos fazer a partir de agora. Uma das soluções viáveis é trabalhar com o MEC para que seja aplicado um teste de proficiência para que os alunos que tenham esse diploma possam pelo menos tentar aproveitar algumas horas”, afirmou Cibele.
A deputada também defendeu a ida de uma comissão de deputados a Brasília em busca de soluções junto ao MEC.
Cibele Moura informou que há mais de um ano vem acompanhando o problema, através do Movimento Diploma Legal, liderado por João Catunda, que também participou da sessão, e disse que os alunos não podem ser tratados como culpados.
“Quero dizer que não é o aluno que tem que identificar o problema. É o poder público”, disse, ao citar o caso da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), acusada de registrar diplomas falsos. “A gente tem um problema na esfera pública, que infelizmente passou para vocês. Como é que uma universidade estadual está validando diplomas falsos?”, questionou.
Ela também chamou a atenção para os prejuízos causados à economia do Estado. “Temos uma média de 20 mil alunos atingidos pelo golpe. Vinte mil por quatro anos, pagando uma mensalidade em torno de R$ 200, são R$ 200 milhões. É muito dinheiro perdido várias vezes, com profissionais que já poderiam estar atuando no mercado, ou investir em outra faculdade e o próprio Estado que perde esses profissionais”, disse.
Fonte: Ascom