A extração de sal-gema foi a causa da instabilidade no solo em bairros como Pinheiro, Mutange e Bebedouro. A divulgação foi feita em uma audiência pública realizada, nesta quarta-feira (08), no Forum da Justiça Federal de Alagoas (JF/AL), localizado no bairro da Serraria.
A mineração exacerbada e fora de controle abalou, ainda mais, a estrutura das cavidades abertas pela mineração, o que acelerou, significativamente o afundamento e as rachaduras no solo.
A mineração provocou um fenômeno chamado halocinese, que resulta na movimentação da camada de sal existente no subsolo. Sendo assim, as estruturas geológicas antigas são reativadas em função de uma nova situação dinâmica, o que redunda em uma subsidência, que nada mais é do que o afundamento vertical do solo.
Existem ainda, segundo o laudo da CPRM, as ocorrências das de formações rúpteis, que são as trincas e/ou rachaduras visíveis no solo e nas edificações da região.
Os técnicos atestam ainda que o processo de movimentação do solo é agravado, ainda mais, além da mineração, pela inexistência de uma drenagem efetiva, acarretando um fluxo maior de águas na região, além de problemas estruturais, sobretudo no que se refere ao saneamento básico das áreas afetadas.
O estudo descartou, ainda as possibilidades de que a ocupação desordenada da área, que é considerada de grande densidade populacional e a extração de águas subterrâneas tenham contribuído significativamente para a dinâmica incomum do solo.
Redação, com agências