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Trans é vítima de preconceito em supermercado e agente se recusa a fazer B.O

17 de setembro de 2019
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Uma transexual procurou a 2ª Delegacia Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, situada no Tabuleiro do Martins, para denunciar que foi vítima de transfobia nas dependências do supermercado Cesta de Alimentos, localizado na parte alta da capital alagoana. Foi confeccionado um Boletim de Ocorrência (B.O) na unidade policial e, a partir de agora, Denise Dayse dos Santos irá acionar a Justiça. A queixa vai além: a Central de Flagrantes se recusou a fazer o B.O.

A vítima, que é autônoma, contou à reportagem do Folha de Alagoas que esteve no estabelecimento na última sexta-feira (6), para realizar compras, juntamente com seu companheiro e uma amiga, quando foi vítima do crime. “Estava passando pela prateleira de doces quando fui agredida verbalmente e constrangida de maneira bastante agressiva por dois funcionários, que estavam fazendo a reposição do estoque. Eles disseram que estavam vendo um “viado” e fizeram uma aposta de qual dos dois seria capaz de dar a melhor cantada para conseguir me comer”, disse Denise Dayse.

Diante dos insultos, a vítima buscou, em seu veículo, um documento de identificação para comprovar o seu gênero aos trabalhadores, mas nada adiantou. “Eles continuaram zombando de mim. Fui vítima de um crime e vou buscar meus direitos. Meu advogado já está ciente de todo o fato e irá reportar ao Poder Judiciário a problemática”, ressaltou.

Denise Dayse falou ainda que procurou uma fiscal do supermercado, pois gerente não se encontrava, para se queixar da humilhação, e nada resolveu. E recebeu uma resposta que a deixou ainda numa situação mais vexatória: “O problema foi tratado como uma brincadeira feita pelos funcionários e o responsável disse que não necessitada de um pedido de desculpas por parte dos mesmos”.

Momentos depois, o gerente do centro de compras chegou acompanhado de um advogado. A Polícia Militar também foi acionada. O responsável pela guarnição, diferente da policial feminina que estava na equipe, disse que se tratava de um caso isolado, e orientou que as partes fossem à Central de Flagrantes.

Na unidade, quando a vítima chegou, o gerente e o advogado do supermercado já se encontravam na sala do delegado. As partes foram ouvidas pela autoridade policial. Quando pensava que iria fazer o B.O na Central, mais uma dor de cabeça: a escrivã se recusou a confeccionar o documento e recomendou que o caso fosse redirecionado ao 5º Distrito Policial. O delegado plantonista alegou que, diante da recusa, nada poderia fazer.

No 5º DP, um agente civil informou que não poderia fazer o B.O, já que o delegado estava de luto. “Pela peregrinação, a PM ficou revoltada, pois estava fazendo o seu trabalho sem a contrapartida da PC. Sem ter mais o que fazer, na segunda-feira fui à Delegacia da Mulher, acompanhada do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), onde recebi todo apoio. Espero que o caso não fique impune”, frisou.

O presidente do GGAL, Nildo Correia, disse que o caso da mulher trans, envolvendo o supermercado, não é isolado. “Recentemente, fiquei sabendo que a rede Cesta de Alimentos perdeu uma ação por causa de racismo. Infelizmente, casos de preconceito não acontecem somente em supermercados, mas também em ambientes públicos e privados. Cada dia que se passa, mais fatos desta natureza ocorrem e precisamos dar um basta nisso”.

Ainda segundo ele, o GGAL recebeu, somente este ano, 104 denuncias de agressões físicas e morais no Estado. “São poucas as pessoas que tem coragem de formalizar a queixa”, ressaltou.

O representante do Grupo Gay completou que está acompanhado de perto um caso de um homossexual agredido moralmente e acusado injustamente por um vereador, durante uma sessão na Câmara do município, de pedófilo e estuprador. “O parlamentar chegou ao ponto de pedir que a população linchasse “Netinho”. As acusações são mentiras e nós estamos movendo uma ação pública pedindo retratação. O Ministério Público Estadual (MPE) também será informado sobre o caso”.

A redação do Folha de Alagoas entrou em contato com o supermercado e falou com dois funcionários, um deles que se identificou como Lailson. Até o fechamento desta matéria, a empresa não havia retornado para se manifestar sobre o assunto. Este veículo está à disposição para maiores esclarecimentos.

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