As Olimpíadas de Tóquio, adiadas para 2021, serão um marco também para a seleção feminina de vôlei. A competição vai marcar a despedida do técnico José Roberto Guimarães, desde 2003 na função e com dois ouros olímpicos conquistados no período. Por isso, então, já se discute o substituto na vaga. Nos últimos meses, o nome de Bernardinho ganhou força na lista de apostas. Durante entrevista com Fabi nas redes sociais do SporTV, Thaisa, central do Minas, repetiu Sheilla e também se disse a favor da chegada do técnico.
– Eu acho que hoje, para ter um nível de Zé Roberto, não teria nenhum outro nome sem ser Bernardo. Acho que de nível, de competência, de nome e do que representam, acho que para ser coerente, seria Bernardo, na minha opinião. Até me pegou de surpresa. Obviamente eu já ouvi comentários, mas eu nunca parei para pensar. Acho que são dois monstros.
Antes de conquistar dois ouros olímpicos no comando da seleção masculina (Atenas-2004 e Rio-2016), Bernardinho conquistou o bronze nos Jogos Olímpicos de 1996 e 2000, além de ser campeão do Grand Prix em 1994, 96 e 98 com a seleção feminina.
Títulos não faltam na carreira da bicampeã olímpica, Thaisa. Aos 32 anos, a central já conquistou ouro em Pequim 2008 e em Londres 2012, além de cinco títulos de Grand Prix, um ouro e uma prata em Jogos Pan-Americanos e uma prata e um bronze em campeonatos mundiais. Thaisa pediu dispensa da seleção em 2019, afirmando que precisava descansar o corpo e a mente em prol de uma longevidade nas quadras. A bicampeã até cogita voltar atrás na decisão e, quem sabe, disputar os Jogos de Tóquio em 2021, mas por enquanto, quer dar prioridade para o Minas, seu clube, e para as competições nacionais.
– Agora tem que pensar no clube, não tem jeito. Só ano que vem (volta a pensar em) seleção, não teria nada para dizer em relação a isso. Acho que tenho que tentar fazer igual ou melhor do que foi feito nessa temporada. A Sheilla (companheira de trabalho no Minas, bicampeã olímpica) fica no meu ouvido: “Tem que voltar para a seleção”. Eu falo para ela: “Isso a gente vai ver, se eu tiver sem dor, se eu tiver bem fisicamente e com a cabeça boa, por que não, né”. Tem que ver como vai ser a temporada e pensar em seleção só depois disso.
Depois de sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo, enquanto atuava no Eczacibasi Vitra, da Turquia, Thaisa teve que ficar quase um ano longe das quadras. Voltou na temporada 2018/2019 para defender o Barueri, do técnico José Roberto Guimarães. Na temporada seguinte, a central assinou com o Minas e alcançou números impressionantes, antes da temporada ser cancelada por causa da pandemia da Covid-19. Thaisa liderava o ranking da Superliga Feminina em dois fundamentos: bloqueio e ataque.
GE