Com a decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de manter o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio, as inscrições para o Enem acontecem até o dia 22 de maio pelo site enem.inep.gov.br. Para os alunos da rede pública, a isenção na taxa de inscrição é garantida e a gratuidade será assegurada pelo sistema no momento de inserção de dados para a inscrição.
Em comunicado no seu site, o Inep informa que garantirá a gratuidade da taxa de inscrição “a todos os participantes que se enquadrarem nos perfis estabelecidos nos editais do Enem, mesmo sem o pedido formal dos inscritos”. Ainda segundo o órgão, “a regra se aplica, inclusive, aos isentos em 2019 que faltaram aos dois dias de prova e não tenham justificado ausência”.
Vale ressaltar que, mesmo as pessoas que já tiveram sua solicitação de isenção aceita, precisam se inscrever, pois a isenção não garante a inscrição.
Os estudantes da rede estadual que venham a ter dificuldades para a inscrição podem solicitar apoio de suas escolas para fazê-lo.
Organização – Em meio ao isolamento social necessário para conter o avanço da Covid-19 em Alagoas, as escolas estaduais têm buscado diversas alternativas para manter contato com seus alunos e garantir seus direitos de aprendizagem. Para as turmas concluintes do ensino médio, que farão o Enem, a rotina não é diferente.
Pensando neste público, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) criou projeto Foca no ENEM, que é um espaço de estudo complementar a ser desenvolvido pelas unidades escolares estaduais, com o objetivo de mobilizar e preparar os estudantes da 3ª série do Ensino Médio para o Enem 2020.
Nessa perspectiva, cada escola deve planejar e disponibilizar espaço/s de aprendizagem. Sendo assim, cada unidade, de acordo com sua realidade, utiliza plataformas remotas para disponibilizar conteúdo, com professores tirando dúvidas em plantões virtuais.
E a Seduc oferece a plataforma escolaweb.educacao.al.gov.br com milhares de Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA). E para os alunos que não têm nenhum acesso à internet, as escolas também disponibilizam material impresso.
Engajamento – As escolas têm usado diferentes formas de preparar seus alunos para a prova.
Na Escola Estadual Edmilson Pontes, no Farol, as turmas da 3ª série estão com teleconferências no programa Google Meet e plantão de dúvidas nas redes sociais. “Temos as atividades pela manhã e o plantão de dúvidas com os professores no horário da tarde”, conta o diretor adjunto Ivanilson Santana.
Nas escolas estaduais Théo Brandão, no Conjunto Santo Eduardo, e Maria das Graças de Sá Teixeira, no Feitosa, as atividades não param. “Nossos professores usam uma plataforma na página mediafire, além de gravarem material para publicação nas redes sociais e teleconferências”, informa Sidcley Ferro, diretor da Théo Brandão. “Estamos com atividades online, revisões, onde disponibilizamos textos preparatórios e usando muito as redes sociais da escola para postar material”, complementa Patrícia Tavares, diretora da Maria das Graças.
O mesmo acontece no interior do estado. “Estamos com atividades online e estamos nos organizando para transmissões”, adianta Rosa Gouveia, diretora-adjunta da Escola Estadual Tarcísio Soares Palmeira, em São Miguel dos Campos. Na Tarcísio, assim como as demais unidades de ensino da rede estadual, também são disponibilizados materiais impressos para os alunos sem acesso à internet.
Empenho – Os alunos dizem que as atividades repassadas neste período de quarentena têm sido muito importantes e agradecem o empenho dos professores. “Temos atividades pela manhã todos os dias e, à tarde, os professores tiram nossas dúvidas. Tudo feito de forma muito organizada. Só tenho a agradecer pela dedicação e por tudo que têm feito por nós”, afirma Ingrid Raquel Morais, aluna da Edmilson Pontes.
Na Escola Estadual Maria das Graças de Sá Teixeira, no bairro do Feitosa, os estudantes Flávia e Daniel Vitor têm a mesma percepção. “Por meio do projeto do clube do livro, os professores nos passam redações e revisam conteúdos todas as manhãs”, revela Flávia, “São atividades muito produtivas e os professores se dedicam muito. Somos muito gratos”, complementa João Vitor.
