Na tentativa de dar um pouco mais de transparência nas tomadas de decisões que levaram ao adiamento da partida entre Goiás e São Paulo, após 10 jogadores do time da casa testarem positivo para Covid-19, Walter Feldman participou do “Troca de Passes” deste domingo.
Segundo o médico e secretário-geral da CBF, ainda não está estipulado um mínimo de casos em determinado time para que uma partida organizada pela entidade seja adiada. De acordo com ele, cada situação é estudada de maneira isolada (confira a entrevista completa no vídeo acima).
– Eu diria que a questão não é subjetiva e nem tem um número. Até porque a gente tem que saber o equilíbrio do plantel. A gente sabia que tinha um goleiro infectado e teria que entrar sem um goleiro reserva, o que é um problema. Ou então no caso do Imperatriz, que tinha 18 jogadores e seis para entrar em campo. Antes dos últimos quatro resultados, a gente sabia que tinha 13 jogadores aptos. É um número muito dramático para o jogo ser realizado. Teria um caráter técnico para liberar a partida e talvez tenhamos que definir um numero de infectados no futuro.
Perguntado se a CBF estava preparada para que casos como o deste domingo se repetisse, Feldman relembrou outros dois casos que a entidade se movimentou para adequar o protocolo e tomou decisões distintas: quando 12 atletas do Imperatriz testaram positivo e no caso do CSA que teve oito jogadores infectados.
– Nós recebemos relatórios com pesquisas científicas todos os dias e do mundo inteiro para adaptar nosso protocolo. O que aconteceu no jogo do Imperatriz foi adequado com a suspensão; do CSA, a manutenção; e do Goiás foi adequado por conta da premência do tempo perdido. Eu diria que esses três episódios nos levam a aperfeiçoar ainda mais o protocolo e reduzir ao mínimo possível aquilo que vem a acontecer nas rodadas subsequentes. Estamos preparados para todas as contingências, mas sempre preparado para priorizar a saúde do atleta, comissões técnicas e trabalhadores em geral.
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