Galvão Bueno falou nesta quarta-feira (25) sobre a relação com Diego Maradona, maior jogador da história da Argentina e lenda do futebol mundial, que morreu aos 60 anos após uma parada cardiorrespiratória.
Como narrador, Galvão acompanhou Maradona nas Copas do Mundo de 1986, 1990 e 1994. “A cada momento, ele produzia uma obra de arte. Mas, sem dúvida, a Copa de 86 foi o grande momento de Maradona”, disse Galvão.
O jogador foi decisivo para o título mundial argentino daquele ano. O campeonato eternizou Maradona pelos dois gols que ele marcou contra a seleção da Inglaterra nas quartas de final.
“Como jogador de futebol, ele foi o que, em genialidade, mais se aproximou de Pelé. Para muitos, principalmente os argentinos, foi até maior que Pelé”, acrescentou Galvão.
“Eu estou bem chocado, mas também pelo Vannucci, está bem difícil esse ano, essa semana”, disse Casagrande, lamentando também a morte do apresentador esportivo na terça-feira (24).
O brasileiro lembrou que conviveu com Maradona na Itália, onde jogaram no final dos anos 80 e início dos 90, e que sofreu, assim como o argentino, problemas com dependência química.
“Joguei na mesma época que ele na Itália, com o irmão dele tive bastante contato. Sempre me tratou muito bem, sempre tratou minha família muito bem. Sempre tive essa preocupação com o problema da dependência química, que é o mesmo problema que eu tenho, e eu me tratei”, disse Casagrande.
“Eu sempre fiquei revoltado com quem estava ao redor dele. Porque quem está ao redor da pessoa está vendo o que está acontecendo, está vendo ele ir para o fundo do poço, destruir a vida dele. E ninguém faz alguma coisa para evitar isso que aconteceu hoje?”, disse Casagrande.
“Eu fico chocado pela perda de um grande jogador, um cara que eu conheci, e que eu gostava muito. E por um dependente químico, porque eu sofro muito quando morre um dependente químico. Para mim é muito duro”, disse Casagrande, emocionado.
Cirurgia no cérebro
Maradona morreu em casa, na cidade de Tigre, na Argentina. Ele sofreu uma delicada cirurgia no cérebro no começo do mês e recebeu alta oito dias depois, após drenar uma pequena hemorragia no cérebro.
O médico Leopoldo Luque afirmou na ocasião que a cirurgia era considerada simples, mas havia preocupação pela condição de saúde do ex-jogador.
G1