Leonardo Ferreira e Nycole Melo
Para esclarecer como está o enfrentamento da Covid-19 em Alagoas, o secretário de Saúde, Alexandre Ayres, foi o convidado do dia no Jornal da Mix – Segunda Edição. Na entrevista, Ayres, que completa dois anos no cargo, falou sobre restrição do comércio, imunização e também pediu à população que mantenha os cuidados, pois os “próximos dias serão muito difíceis”.
Sobre a chance de fechamento do comércio e até decretação de lockdown, como vem acontecendo em outras cidades, o secretário comentou que o cenário está sendo analisado e que vê com preocupação o crescimento da ocupação de leitos.
“Possibilidade de fechamento sempre há. Os números são dinâmicos e precisamos ficar atentos. O que não pode ocorrer, é a população continuar indo de maneira desordenada para as ruas, abandonando o uso das máscaras e gerando aglomerações desnecessárias”, afirmou Ayres, destacando que as novas variantes do coronavírus são preocupantes.
No âmbito federal, o secretário contou que o estado tem a intenção de comprar vacinas, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), e que a quantidade de doses enviadas pelo Ministério da Saúde não está sendo suficiente.
“Os números estão aí para explicar e para registrar, na história de Alagoas e do Brasil, quem fez a escolha mais certa: aqueles que preferiram a ciência e colheram os frutos e resultados ou aqueles que negaram a existência do vírus, da pandemia, e hoje pagam por isso, pelo desgaste com a sociedade”, expressou o secretário, acerca da politização da pandemia.
Segundo o secretário, o planejamento prévio de melhorias na rede hospitalar, mesmo sem saber que uma pandemia começaria, foi fundamental, porque permitiu que o estado tivesse leitos suficientes para atender a demanda de pacientes.
Para ele, se não fosse os hospitais inaugurados, “sem dúvida nenhuma, os números de Alagoas estariam piores do que está acontecendo no estado do Amazonas, porque nós estaríamos, hoje, contando somente com o Hospital Geral do Estado (HGE), que já vive sobrecarregado, e com o Hospital de Emergência do Agreste”, disse.
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