Redação – Leonardo Ferreira
O superintendente André Costa, da SMTT, afirmou que encontrou uma situação “muito difícil” no órgão, o qual assumiu no início do ano, mas que vem trabalhando para encontrar soluções para melhorar a locomoção dos maceioenses pela cidade. Segundo ele, o principal problema é a questão da mobilidade urbana, já que a capital tem poucas vias.
“A questão do trânsito em Maceió é o principal gargalo que temos. Exatamente o deslocamento da parte baixa para a alta. Temos poucas vias e possibilidades, já que a cidade é estreita, e com o prejuízo que a Braskem causou, esse problema que já vinha aumentando, vai aumentar mais ainda”, disse o chefe da SMTT à Mix/Folha.
Para tentar contornar essa situação, o superintendente contou que está preparando uma licitação para implantar semáforos inteligentes nas principais vias, como a Menino Marcelo e a Fernandes Lima. Foi dito, ainda, que a prefeitura está estudando ampliar as fiscalizações e outras medidas para áreas que registram congestionamentos, como próximas a feiras públicas.
“A SMTT, para se sustentar, não precisa da questão das multas”, disse Costa, quando questionado sobre a ‘indústria da multa’, como ficou conhecida a SMTT na última gestão. Para ele, o ideal é dar publicidade, mostrando que tem a lombada eletrônica ou a câmera, pois assim vai reduzir acidentes e mortes no trânsito, que é alto na capital alagoana, segundo dados. “O objetivo não é que o condutor seja autuado, mas que em determinado ponto, por alguma razão, ele passe mais devagar naquele local”.
Delegado da Polícia Federal, André Costa revelou que a questão da estrutura, problema como um todo da Prefeitura de Maceió, está forçando o órgão a encontrar soluções, que estão sendo dificultadas pelo rombo encontrado nas contas. “O maior desafio que encontrei foi o de pôr ordem na casa e organizar internamente o órgão”.
Nesta semana, com o novo decreto em vigência, usuários do transporte público se depararam com veículos lotados. Sobre o tema, o chefe da pasta afirmou que os contratos das empresas de transporte nunca foram acompanhados de perto.
“Aumentamos em cerca de 20% a frota desde o fim da última gestão, mas sei que a população tem reclamado e com razão. Temos vistos alguns ônibus cheios, tempo de espera nos pontos longo. Isso que acontece no dia a dia do cidadão é o efeito. A causa do problema vem da falta de gestão e de controle sobre o contrato de concessão do transporte coletivo. Por isso, estamos implementando uma série de medidas para que o controle seja rígido, com análises de dados, bem como investindo em tecnologia”, afirmou.
O servidor público desde 2002, por fim, contou que assumiu a SMTT por acreditar no seu trabalho. “Antes de ser autoridade (como policial ou agente de trânsito), sou servidor e a palavra vem de servir. Então, meu grande intuito é servir, é acreditar no meu trabalho e nas boas intenções, porque sei que posso colaborar especialmente na gestão, para que as pessoas tenham uma melhoria no trânsito e no transporte”, finalizou.