Da Redação
Alagoas apresentou, na última semana, estabilização nos números de mortes, casos e quantidade de leitos para a Covid-19, mas os dados ainda continuam altos e preocupantes, segundo boletim do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19, realizado semanalmente pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Apesar da estabilidade, a ocupação de leitos excluvisos para tratar pacientes com coronavírus permanece com média de 90%, e, em algumas cidades do interior, como Penedo, Palmeira dos Índios e São Miguel dos Campos, a taxa, até o último boletim da Secretaria de Saúde analisado, era de 100%.
Ainda conforme os dados, as duas cidades mais populosas do estado, Maceió e Arapiraca, apresentavam 90% e 94% de ocupação hospitalar, respectivamente. Na sequência, em situação mais tranquila, Coruripe, União dos Palmares, Porto Calvo e Santana do Ipanema apresentavam taxa de ocupação variando entre 67% e 83%.
O documento elaborado por diversos técnicos da Ufal ressaltou as medidas adotadas nas últimas semanas como forma de conter a disseminação da Covid-19. Além disso, a questão da vacinação foi exaltada na análise.
“O aumento na velocidade de vacinação observado nos últimos dias úteis da última semana, fez com que o Brasil chegasse próximo dos 20 milhões de vacinados, dos quais cerca de 5,4 milhões de pessoas receberam duas doses. Em que pese esses números ainda representarem uma parcela pequena da população brasileira, a possibilidade de aumento no ritmo de vacinação é um alento para nossa população”, diz a avaliação.
“Entendemos que o cumprimento das medidas de controle previstas no decreto estadual em vigência tem sido fundamental para a desaceleração da transmissão da doença , que por conseguinte contribuirá na diminuição da incidência de casos e óbitos, além da ocupação hospitalar. Segundo Boletim do Observatório da Fiocruz, uma redução significativa da circulação de pessoas por um período mínimo de quatorze dias, pode produzir uma redução da ordem de 40% da incidência de casos que poderá contribuir com a redução na pressão do sistema de saúde.”, finaliza o boletim.