O relator da Comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), disse na abertura da Comissão nesta quinta-feira (13) que a resposta para ataques é o número de vítimas da Covid-19.
Nesta quarta-feira (12), o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que não é integrante da CPI, pediu a palavra. Ao mencionar o fato de Renan ter defendido a prisão de Fabio Wajngarten – ex-secretário de Comunicação da Presidência que prestou depoimento nesta quarta –, Flavio declarou: “Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros. Olha a desmoralização.”
A reunião da comissão chegou a ser suspensa pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, após o bate-boca na reunião.
“Eu quero dizer a todos os pregadores do ódio que ao final da sessão nós vimos que o filho do presidente da república, que sequer é membro dessa comissão parlamentar de inquérito, veio aqui em uma missão de fazer a única coisa possível aqui senhor presidente ofender e escrachar. Eu quero dizer a esses pregadores que a minha resposta a todos esses ataques é esse número aqui, este número aqui de vítimas da pandemia”, disse Renan nesta quinta (13).
“Eu tirei meu nome e coloquei esse nome aqui para que não haja dúvidas sobre o motivo pelo qual nós estamos aqui investigando. Se houve genocídio, se não houve genocídio. Se houve, quem é o responsável ou quem são os responsáveis.”, afirmou.
Renan ainda comentou sobre a viagem do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (13) para participar da entrega de três obras em Alagoas.
“Hoje mesmo o presidente da república foi a Alagoas inaugurar obras estaduais, em uma evidente provocação a essa comissão parlamentar de inquérito. A resposta a essas ofensas é aprofundar essa investigação, por isso, Carlos Murillo sua presença aqui é muito importante, e fundamental para essa Comissão Parlamentar de Inquérito”.
Fabio Wajngarten
Nesta quarta (12), o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten prestou depoimento à CPI na condição de testemunha. O relator acusa Wajngarten de ter mentido em seu depoimento.
“Antes presidente, me permita dizer que ontem presenciamos um dos maiores desacatos a uma comissão parlamentar de inquérito da história do Congresso Nacional em particular do Senado, ficou inequivocamente comprovado que o ex-secretário de comunicação da presidência da república mentiu perante esta comissão e cometeu o específico concreto crime de falso testemunho que é um tipo de crime a esta comissão parlamentar de inquérito”, disse.
Nesta quinta-feira (13), a CPI da Covid ouve, na condição de testemunha, o gerente-geral da farmacêutica Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.
G1