Por Leonardo Ferreira
O secretário de Economia de Maceió, João Felipe Borges, contou que o déficit mensal deixado pela gestão Rui Palmeira foi de R$ 25 milhões. No ano, o valor chegava a R$ 300 milhões, já que as despesas correntes eram de R$ 140 milhões por mês, enquanto as receitas ficavam em R$ 115 milhões.
Apesar do cenário, o chefe das Finanças da capital afirmou que, desde que assumiu, já conseguiu diminuir os custos para R$ 130 milhões sem gerar prejuízo à população.
“Existe um crescimento da nossa Economia com gestão e trabalho interno sem aumento de alíquota para o cidadão. Estamos conseguindo equilibrar essa conta. Acreditamos que no final do ano o equilíbrio total entre receita e despesa corrente seja alcançado”, disse João Felipe em entrevista à Folha/Mix nesta semana.
Segundo o secretário, o primeiro semestre foi de avaliar o quadro deixado, escolher os nomes e equilibrar o caixa, para que no segundo ano a capacidade de investimento aumente.
“Vale reforçar que, até outubro de 2020, o Município não conseguiu nem pagar a folha de décimo terceiro salário em dia, porque, segundo a legislação, o servidor deve receber dentro do mês de aniversário. E isso não vinha sendo cumprido até outubro, quando Maceió recebeu recursos do enfrentamento à Covid. E este ano o Município não recebeu esses recursos e não há expectativa por parte do Governo Federal para novo repasse. Mas, mesmo assim, desde janeiro, a gente vem pagando a nossa folha pontualmente”, garantiu.
Mantidos o crescimento econômico e a superação da pandemia, ele acredita que será possível fazer investimentos com recursos próprios, além de continuar com as contas em dia, diferentemente dos últimos anos.
“No ano de 2018, por exemplo, o total investido foi de apenas R$ 9 milhões. Esperamos que só em 2022 esse valor seja bem superior. Mas temos um cenário de instabilidade diante da situação do coronavírus. A pandemia se resolvendo, temos boas expectativas”, afirmou.
Orçamento 2022
Em maio, a Prefeitura de Maceió enviou à Câmara Municipal o projeto que trata da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para o exercício de 2022. Sobre o assunto, João Felipe espera aprovação de todas as peças orçamentárias encaminhadas após debate necessário.
“O trâmite está normal e dentro do esperado. Os nossos técnicos participaram de uma audiência na última sexta-feira (06). A Câmara faz o papel dela, e o diálogo está bom com o Legislativo. Nossa expectativa é que as peças sejam apreciadas, discutidas e aprovadas”, falou.














