A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid recebeu informações preliminares da Polícia Federal (PF) de que o contrato da Precisa Medicamentos com a Bharat Biotech para venda da vacina indiana Covaxin não foi localizado.
Na última sexta-feira (17), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, em São Paulo. A empresa atuou como intermediária na negociação entre o governo federal e o laboratório Bharat Biotech para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin por R$ 1,6 bilhão.
Integrantes da CPI ouvidos pelo blog relatam que a inexistência do contrato da Precisa Medicamentos com a Bharat Biotech é algo ainda mais grave do que a tentativa de omitir a informação.
“Se de fato ficar comprovado que o contrato não existiu, ficará muito difícil o Ministério da Saúde explicar porque estabeleceu um contrato com a Precisa sem um respaldo legal”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), presidente da CPI.
“Como a Precisa leva em torno de R$ 500 milhões do total de R$ 1,6 bilhões pela compra da vacina sem ter um contrato com o laboratório indiano?”, questionou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL).
Segundo integrantes da CPI, a grande questão é que a Precisa levaria um valor milionário pela intermediação apenas com um memorando de intenções.
Nesta terça-feira (21), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, prestará depoimento à Comissão e será questionado porque o órgão não fiscalizou a falta de respaldo da Precisa para intermediar o negócio bilionário.
G1















