Redação
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que o Brasil não pode tolerar gasolina a quase R$ 7 e o gás de cozinha a R$ 120. A declaração foi dada após o presidente da Petrobras, Cláudio Mastella, afirmar que um novo aumento nos preços dos combustíveis estava sendo avaliado após alta do dólar, o que foi confirmado no fim da manhã, com o anúncio da subida no valor do diesel nas refinarias, de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro.
Segundo o deputado alagoano, os parlamentares vão buscar alternativas legislativas para evitar novos aumentos na gasolina, diesel e gás. O tema vai ser discutido na reunião do Colégio de Líderes prevista para a próxima quinta-feira (30).
Ontem (27), o presidente Jair Bolsonaro confirmou a sinalização, contando que em breve a Petrobras vai realizar mais um reajuste. “Pessoal está insatisfeito? Está. Inclusive estamos há três meses sem reajustar o diesel. Vai ter um reajuste daqui a pouco. Não vai demorar. Agora, não posso fazer milagre”, disse a apoiadores em Brasília.
“O diretor da Petrobras Cláudio Mastella diz que estuda com “carinho” um aumento de preços diante desse cenário. Tenho certeza que ele é bem pago para buscar outras soluções que não o simples repasse frequente”, afirmou Lira por meio de suas redes sociais.
Lira disse ainda que a Câmara está fazendo seu dever de casa para ajudar na retomada do crescimento econômico, com respeito aos limites fiscais e sendo responsável em todas as suas sinalizações para o mercado.
“Mesmo assim, o dólar persiste num patamar alto. Junto com a valorização do barril de petróleo, a pressão no preço dos combustíveis é insustentável”, disse o presidente.
Há 15 dias, Lira já havia cobrado mais esclarecimentos públicos da Petrobras em relação aos preços dos combustíveis e da logística do gás. Segundo ele, a estatal precisa ter uma política de preços clara e pensar no País, sobretudo neste momento de crise energética e de saída da pandemia.
Lira chegou a afirmar que o Congresso iria tomar providências para corrigir eventuais erros na empresa, sem prejudicar a economia e sem intervir na estatal nem retomar a política de controle de preços.