Redação
O Ministério Público de Alagoas investiga um pregão realizado pela antiga gestão do município de Atalaia, do ex-prefeito Chico Vigário, pela compra de 600 caixões, cujo contrato chegou a quase R$ 2 milhões.
A denúncia chegou ao órgão a partir da atual gestão municipal. O quantitativo de caixões, inclusive, ultrapassa o número de mortes ocorridas na cidade em quatro anos, saindo cada unidade a mais de R$ 3 mil.
A 1ª Promotoria de Justiça de Atalaia está à frente do caso e prepara as oitivas para então seguir com as próximas etapas da investigação.
Recentemente, a Justiça bloqueou bens de Chico Vigário, acusado de improbidade administrativa. A indisponibilidade de bens no valor de R$ 200 mil foi decretada pelo juiz João Paulo Alexandre dos Santos.
Segundo a manifestação do promotor Bruno Baptista, a ilicitude foi constatada em relatório de gestão fiscal referente aos períodos de julho a agosto de 2017, bem como de janeiro a abril de 2018, maio a agosto de 2018 e setembro a dezembro do mesmo ano, época em que Francisco Luiz era gestor municipal.
O promotor apresentou um comparativo com os gastos do município onde verifica-se aumento expressivo na folha de pagamento entre o mês de fevereiro de 2020, com valor de R$ 5.013.796,77 e setembro do mesmo ano chegando a R$ 11 milhões, ou seja, um aumento de mais de 100%.