Redação*
A inspeção do Ministério Público de Alagoas, nos bairros de Maceió que estão há mais de 30 dias com falta d’água, constatou que a solução ofertada pela BRK Ambiental não é suficiente para atender a demanda. No caso, a empresa está fornecendo água por meio de caminhões-pipa e caixas d’água comunitárias.
A visita aos moradores ocorreu, nesta quinta-feira (02), pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, cujos membros ouviram os relatos da população dos conjuntos Eustáquio Gomes e Santa Maria, os mais afetados pelos problemas na adutora do Catolé.
Ontem, o deputado Galba Novaes já relatava que a única atitude tomada pela BRK foi disponibilizar 125 mil litros de água para a população, mas sendo que os bairros atingidos possuem 300 mil habitantes.
Segundo o promotor de Justiça Max Martins, diante das comprovações, serão adotadas medidas urgentes na busca de solucionar o problema.
“A população alegou que as caixas d’água esvaziam durante à tarde porque o número de pessoas que vai em busca do produto é muito grande. O resultado é que parte delas acaba sendo prejudicada no final do dia. Isso sem falar na quantidade de consumidores que têm problemas de saúde e ficam na dependência de alguém para ir encher os seu baldes. Ou seja, comprovamos um grande constrangimento que está sendo imposto a quem não tem culpa do problema ter ocorrido”, disse Martins.
“Se a adutora rompeu, a Casal e a BRK, que são responsáveis pelo sistema de abastecimento e distribuição de água, precisam viabilizar as alternativas necessárias para não prejudicar ainda mais a população. Os consumidores não podem ser punidos de forma alguma. A quantidade de carros-pipa ofertados às comunidades precisa aumentar, assim como o número de vezes que as caixas d’água são reabastecidas. Para além disso, as obras na adutora têm que ocorrer com a máxima urgência. Exigiremos tudo isso”, garantiu o promotor.
Tarifas
O promotor também destacou que os consumidores não devem pegar as contas de água que chegarão em suas residências. “Caso já tenham pago, terão que ser reembolsados, afinal, ninguém pode pagar por um serviço que não recebeu”, frisou ele.
*com MPAL














