Da Redação
Após filiar Bolsonaro, o PL quer trazer para suas fileiras o ex-presidente Fernando Collor. A filiação do senador por Alagoas conta com o apoio do presidente da República. Vale lembrar que PL em Alagoas era comando pelo ex-deputado Maurício Quintella, que fez várias declarações contra o presidente de República.
Atualmente, Collor está filiado no Pros, porém, marcou presença no ato de filiação de Jair Bolsonaro no PL e foi tratado com destaque: ocupou uma cadeira no palco ao lado de ministros.
Fernando Collor e Valdemar Costa Neto, que é o presidente nacional do PL, estão próximos e há duas semanas Collor almoçou com Valdemar na sede do PL em Brasília. Ou seja, ao que tudo indica o partido deve ficar em Alagoas no comando do senador.
No Estado, o deputado federal, Sérgio Toledo, foi eleito e é filiado ao PL, mas ao que parece deve continuar como coadjuvante da sigla. O parlamentar tentou comandar outras siglas em Alagoas, inclusive, o então PSL de Bolsonaro, mas sem êxito.
Bolsonaro abandona discurso contra corrupção em ato de filiação
Ao lado de Valdemar da Costa Neto, que já foi condenado e preso por corrupção, Jair Bolsonaro abandonou uma de suas principais bandeiras da campanha de 2018 ao se filiar ao PSL, um dos partidos mais fisiológicos do “Centrão”.
Durante seu discurso, de pouco mais de 15 minutos, Bolsonaro não tocou no tema da corrupção, um dos seus principais discursos junto a apoiadores da ala mais radical. Ao que parece, o novo paladino da moralidade é o presidenciável Sérgio Moro.
Ao contrário, Bolsonaro, que durante quase 30 anos, fez parte do “Centrão” na Câmara dos deputados, disse estar se sentindo em casa.
“Estou me sentindo aqui em casa. Arthur Lira. Dentro do Congresso Nacional. Vocês me trazem lembranças agradáveis, de luta, de embate. Eu vim do meio de vocês, fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como poucos aqui atingiram esse tempo. E há uma semelhança muito grande entre nós”, disse Bolsonaro.
Ao lado também de Arthur Lira (PP-AL) e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), Bolsonaro lembrou sua passagem pelo PP, partido que assumiu parte do governo em troca de apoio no Congresso. “Eu vim do PP e confesso: a decisão não foi fácil”.
Recorrendo à sua metáfora preferida, Bolsonaro afirmou que se casou com o PL, mas não viverá como “homem e mulher” com Costa Neto.
“Uma filiação é como um casamento. Você agora… não seremos marido e mulher, seremos uma família e todos vocês fazem parte dessa família”.