Da Redação
A BRK Ambiental, que já atua na Região Metropolitana de Maceió, pensou em realizar ofertas para as regiões do Agreste, Sertão, Zona da Mata e Litoral Norte no leilão da última segunda-feira (13), mas desistiu após uma divergência no conselho de administração.
O objetivo da alta cúpula da empresa era adquirir os lotes, ampliando o domínio dos serviços de água e esgoto para mais de 70 cidades alagoanas. No entanto, segundo o jornal O Globo, a oposição ao negócio foi feita por dois conselheiros, Pedro Guimarães, presidente da Caixa, e Celso Derzie, vice da Caixa.
Eles, que representam o FI-FGTS, dono de 30% da BRK, contestaram os pareceres de técnicos da BRK favoráveis ao negócio. Para ambos, entrar neste leilão levaria a alavancagem da BRK a um índice insustentável.
Vale lembrar que a oferta para Maceió e mais 12 municípios do entorno, em 2020, foi de R$ 2 bilhões. Contudo, os trabalhos da concessionária vêm sofrendo duras críticas diante dos problemas na prestação dos serviços.
Sem a BRK, o bloco B (Agreste e Sertão) foi adquirido pelo Consórcio Alagoas, formado pelas empresas Allonda Ambiental Saneamento e Conasa Infraestrutura, por R$ 1,2 bilhão, enquanto o bloco C (Zona da Mata e Litoral Norte) foi arrematado pelo Consórcio Mundaú, formado pela CYMI Saneamento e Participações e Aviva Ambiental, por R$ 430 milhões.
Os consórcios devem começar a operar nas regiões no segundo semestre de 2022.