Redação*
A exigência do chamado passaporte da vacina para acesso a órgãos públicos foi debatida em sessão na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (15). De um lado, o deputado Cabo Bebeto (PTC) fez duras críticas à imposição, citando o exemplo do Detran.
“O cidadão faz autoescola, paga taxas caras, faz os testes, mas na hora de pegar a CNH o Estado o impede de retirá-la”, criticou o parlamentar, citando que tem recebido vídeos de pessoas impedidas de receber a documentação sem apresentar o comprovante de imunização.
Na sequência, Bebeto criticou a recente decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, o qual determinou a obrigatoriedade da apresentação do passaporte sanitário para quem entra no Brasil.
“Mas se no país de origem não tiver vacina, não precisa comprovar. Há alguns países africanos, de onde veio a nova variante ômicrom, que não têm vacina disponível, que não solicita o comprovante, basta apenas fazer a quarentena”, criticou Bebeto.
Do outro lado, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) contestou as falas do colega apresentando dados da Fiocruz e do Butantã, mostrando que 96% das pessoas que morreram em decorrência da Covid não se vacinaram.
“O Brasil hoje, graças à vacina, vem reduzindo muito o número de casos e de mortes. Essas reduções são única e exclusivamente devido a vacinação. Alguns casos, cerca de 4% de pessoas que morreram após tomar vacina, eram pessoas que tinham comorbidades”, rebateu Medeiros.
Acompanhando o pensamento de Medeiros, o deputado Francisco Tenório (PMN) disse que está comprovado que a vacina salva vidas, tendo em vista que em países onde a vacina avançou, diminuiu o índice de contaminação da Covid.
“Então é natural que o STF tome a decisão de exigir comprovação da vacina. Caso você não queira se vacinar, tudo bem, mas ao não se vacinar você tem que abrir mão de frequentar determinados ambientes, pois pode transmitir o vírus”, ratificou Tenório.
*com ALE