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Roberta Sá tem retrato juvenil do álbum ‘Sambas & bossas’ revitalizado em LP

15 de dezembro de 2021
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Resenha de álbum a partir de edição em LP

Título: Sambas & bossas
Artista: Roberta Sá
Edição: Bolachão Discos
Cotação do álbum de 2004: * * * 1/2
Cotação da edição em LP de 2021: * * * * *
♪ Anunciada em maio, a edição em LP do primeiro álbum lançado por Roberta Sá – Sambas & bossas, gravado durante a mixagem do álbum Braseiro (2005), mas editado antes, no fim de 2004, como brinde exclusivo de empresa – está efetivamente chegando aos mãos dos compradores neste mês de dezembro de 2021 seis meses após a venda (prazo comum diante da alta demanda das fábricas de vinil).

Produzida pela Bolachão Discos com vinil de esplandecente cor amarela, a edição em LP de Sambas & bossas chega ao mercado fonográfico com requinte perceptível na qualidade do som (efeito da boa masterização de Ézio Filho) e no projeto gráfico de Philippe Leon.

Com fotos inéditas de Pedro Butcher na capa, contracapa e encarte (criado na forma de capa interna que abriga o disco de vinil e reproduz a ficha técnica e as letras das onze músicas), a existência do LP se justifica pelo fato de se tratar da primeira edição em formato físico de álbum que, antes de ganhar edição digital oficial em 4 de junho, estava disponível somente em arquivos compartilhados na internet como pirataria.

Enfim incorporado de forma legal à discografia de Roberta Sá, o álbum Sambas & bossas dialoga esteticamente com o simultâneo Braseiro. Até porque ambos os discos foram gravados com produção musical de Rodrigo Campello, que, em Sambas & bossas, criou os arranjos e se desdobrou nos toques de violão, guitarra, cavaco, baixo, teclados e sutis programações (a percussão ficou a cargo de Jovi Joviano).
Contudo, é curioso perceber que Braseiro resultou em disco com mais brilho, tanto nos arranjos como no canto dessa artista potiguar que, residente na cidade do Rio de Janeiro (RJ) desde os nove anos, despertou a atenção de críticos e ouvintes mais atentos quando graciosa gravação do samba A vizinha do lado (Dorival Caymmi, 1946) – feita por Roberta para a trilha sonora de Celebridade (TV Globo, 2003) – começou a ser propagada em escala nacional na novela de Gilberto Braga (1945 – 2021).

A graça de A vizinha do lado foi pista certa. A leveza do canto de Roberta Sá salta aos ouvidos ao longo das dez faixas de Sambas & bossas.
Contudo, essa leveza colide com a mágoa que desabrocha nos versos de A flor e o espinho (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha, 1957) e ainda mais com a súplica dolorida de Pra dizer adeus (Edu Lobo e Torquato Neto, 1966), canção talhada para vozes mais densas.

Em contrapartida, a bossa do canto da artista se ajusta à temperatura amena do samba Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) – cantado com arranjo que evidencia o fraseado da flauta de Zé Carlos Bigorna – e, sobretudo, se afina com a delicadeza do samba-canção Coisa mais linda (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, 1961).

Entre essas duas obras-primas do repertório da Bossa Nova, a cantora deu a voz suave a um pouco conhecido samba de arquitetura carioca composto por Zé Renato com letra de Xico Chaves, Fica melhor assim. Lançado em 1984, em gravações de Zé Renato e da cantora Olivia Byington, o samba Fica melhor assim foi provavelmente ouvido por Roberta Sá na regravação então recente feita por Zé para o álbum Minha praia (2003).

Esse sambossa era a surpresa de repertório formado basicamente por sucessos como o samba Essa moça tá diferente (Chico Buarque, 1970), mas que incluía uma novidade. Aliás, A novidade era o título original do samba de Rodrigo Maranhão que Roberta reapresentaria no segundo álbum, Que belo estranho dia para se ter alegria (2007), com o título de Samba de um minuto.

O segundo título foi mantido na edição em LP de Sambas & bossas, álbum aberto com medley que agrupa dois sambas de Cartola (1908 – 1980), Alegria (Cartola, 1968) e O sol nascerá (Elton Medeiros e Cartola, 1964), cantados com correção, mas sem a luminosidade que Roberta mostraria a partir do álbum Braseiro – talvez por saber (quem sabe inconscientemente…) que o disco determinante na construção da então iniciante carreira da artista seria Braseiro, e não Sambas & bossas.

Ainda assim, há certa graça no canto de Falsa baiana (Geraldo Pereira, 1944) e alguma luz em Pressentimento (Elton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho, 1968).

Essa luz ficaria mais intensa nos discos seguintes da cantora. Perto de completar 20 anos de carreira, já que foi revelada em 2002 ao participar da primeira das quatro temporadas do programa Fama (TV Globo), Roberta Sá cresceu, apareceu e se impôs como uma das vozes mais relevantes da música brasileira do século XXI – a ponto de ter tido o privilégio de gravar álbum, Giro (2019), somente com músicas inéditas de Gilberto Gil.

Ouvido em LP 17 anos após a gravação, com o benefício da perspectiva do tempo, o álbum Sambas & bossas é o retrato juvenil de cantora que, em 2004, já parecia saber o caminho que queria seguir na música brasileira. E que de fato seguiu, ainda que outras trilhas tenham sido adicionadas ao caminho inicial ao longo desse 17 anos.

G1

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