Algo incomum nas eleições brasileiras pode acontecer no pleito de outubro: uma chapa formada por políticos que já haviam tentado a Presidência antes, os chamados ex-presidenciáveis.
Desde a redemocratização após a ditadura militar, isso aconteceu em apenas três vezes. Duas foram na eleição de 1998: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto com Leonel Brizola (PDT), e Ciro Gomes (então no PPS, hoje Cidadania) com Roberto Freire (PPS). Em 2018, Marina Silva (Rede) e Eduardo Jorge (PV) também formaram uma parceria de ex-presidenciáveis.
Para a disputa deste ano, ao menos uma já é tida como mais provável: a do ex-presidente Lula com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido, ex-PSDB).
A interlocutores, Alckmin disse recentemente que agora tem 100% de chances de ser vice do petista, antigo adversário político com quem disputou o segundo turno presidencial em 2006, vencido por Lula.
Em paralelo, a equipe de Ciro (hoje no PDT) —que pretende disputar a Presidência pela quarta vez— tenta atrair Marina Silva para uma composição de chapa.
As conversas ainda são iniciais e o cenário é visto como difícil para hoje, tendo em vista que a Rede quer, primeiro, resolver se fará ou não federação com o PSOL —o que implica em outros problemas a serem resolvidos.
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