Da Redação
A vereadora Teca Nelma afirmou que não está superado o episódio entre ela e o vereador Fábio Costa, em junho de 2021, quando Teca chamou o presidente Jair Bolsonaro de genocida e Fábio rebateu a fala e protocolou uma representação por quebra de decoro.
Teca disse, em entrevista ao programa (a)ponte, que até hoje não há nenhum tipo de relação entre os colegas de legislatura, pois ela se sentiu ameaçada e temeu por sua integridade física.
“Não tenho como conviver com alguém que me propõe a censura e quer que eu seja presa. Não tem dialogo, nem cumprimento de bom dia, boa tarde ou boa noite. Não tenho como conviver com uma pessoa como essa que quer cercear meu direito. Na verdade, o que aconteceu foi um dos maiores absurdos, algo que mexeu não só comigo enquanto vereadora, mas como pessoa, e eu Teca fiquei assustada”, revelou a vereadora.
Por sorteio, os gabinetes de Teca e Fábio são colados. Ela relata que o vereador, também delegado, continua andando armado dentro da Câmara, assim como seus assessores.
“Por exemplo, não tem banheiro dentro do gabinete e no dia que ele pediu a censura, fiquei com medo de ir ao banheiro sozinha, porque são pessoas que andam armadas do meu lado, que não gostam de mim e fizeram toda uma manobra política não só para pedir a censura formalmente”, revelou Teca.
“Inclusive enviei uma carta ao presidente da Casa [Galba Netto] pedindo que não fosse permitida, a não ser os guardas municipais, a entrada de pessoas armadas, porque é bem comum que pessoas que trabalham na Câmara cheguem armadas independente ou não de ser da polícia”, acrescentou.
À época do atrito, Teca disse que sua não voz não será calada por homem nenhum. Já Fábio negou as ameaças e defendeu que a vereadora teve conduta incompatível com o exercício do mandato, informando ainda o caso ao gabinete da presidência sobre possível prática de injúria. Todo o conflito se deu durante a votação do título de cidadão honorário concedido a Bolsonaro.
Relembre aqui:
“A minha voz não será calada por homem nenhum”, diz a vereadora Teca Nelma
Fábio Costa protocola representação contra Teca Nelma, que chamou Bolsonaro de genocida