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Prefeituras alagoanas compraram kit robótica por valor 420% mais caro

Nota fiscal mostra que empresa de Catunda adquiriu a unidade por R$ 2.700 e vendeu por R$ 14 mil aos municípios

13 de abril de 2022
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Prefeituras alagoanas compraram kit robótica por valor 420% mais caro
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Da Redação

Os municípios alagoanos que adquiriram kits de robótica com a empresa de Edmundo Catunda, pai do vereador por Maceió João Catunda, pagaram R$ 14 mil por cada unidade. A Megalic, porém, comprou os equipamentos por R$ 2.700 cada, ou seja, 420% mais barato do que o declarado e vendido às prefeituras.

A Megalic fez o negócio com uma empresa de São Carlos, no interior paulista, obtendo 370 kits num custo total de R$ 999 mil. Os valores constam na nota fiscal de compra, obtida pelo jornal Folha de S. Paulo (confira a foto no fim da reportagem).

Em rápida pesquisa dos produtos, já se sabia que os R$ 14 mil eram superiores ao preço de mercado, bem como que a Megalic atua em diversas áreas, mas não na produção de kits de robótica, ou seja, age como intermediária.

As verbas foram repassadas através do chamado orçamento secreto da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo Centrão e, entre eles, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, amigo e aliado da família Catunda.

Os recursos para os municípios alagoanos somente de kits de robótica chegam a R$ 26 milhões, sendo a maioria para escolas que não possuem computador ou internet, nem sequer água encanada.

Se considerado o total, com materiais e capacitação, além de alguns municípios pernambucanos abarcados, o valor para a Megalic ultrapassa os R$ 54 milhões, conforme mostrou a Agência Pública. O Governo Federal repassou, portanto, 79% do geral desse tipo de contratação somente para as prefeituras que contrataram a empresa de Catunda.

Ainda segundo a Folha de S. Paulo, dos R$ 54 milhões em faturamento com os contratos firmados com os municípios, a Megalic teve um custo com os produtos de apenas R$ 6,7 milhões, uma margem de lucro considerável, apesar de outras despesas não terem sido computadas.

Na reportagem para o jornal impresso, a Folha de Alagoas detalhou que União dos Palmares foi beneficiada com quase R$ 8 milhões e Canapi, R$ 5 milhões. Barra de Santo Antônio, Branquinha, Flexeiras, Santana do Mundaú, Maravilha, Coité do Nóia e Girau do Ponciano também foram gestões agraciadas com o orçamento secreto.

Apesar de Lira negar sua participação, a secretária de Educação de Flexeiras confirmou que o deputado atuou para acelerar a compra de equipamentos de robótica por meio das emendas do relator, conforme matéria abaixo.

Relembre o caso aqui:
– Bolsonaro destina R$ 26 milhões em kit robótica para escolas em Alagoas sem água e computador
– Orçamento secreto beneficia com R$ 54 milhões empresa do pai do vereador João Catunda
– Secretária de Flexeiras confirma que Lira atuou para liberar dinheiro de kit robótica

Respostas
Arthur Lira negou à Folha de S. Paulo ter envolvimento com contratação de empresas pelos municípios. “Não compete ao presidente da Câmara avaliar qualquer compra ou licitação de quaisquer outros entes federativos. Isso deve ser feito pelos órgãos de controle competentes.”

Já a Megalic não quis se manifestar. A fornecedora Pete também não respondeu às tentativas de contato da reportagem. MEC e FNDE têm sido procurados sobre o tema desde quarta-feira (6), mas também ficaram em silêncio.

Em manifestações anteriores, a Megalic e o vereador negaram qualquer irregularidade, conforme resumido abaixo.

“O Arthur Lira tem 50% dos prefeitos de Alagoas que votam nele. A chance de eu ter contrato com uma prefeitura que seja do Arthur é de 50%, mas em nenhum momento eu misturo política com negócio, de jeito nenhum”, disse Edmundo sobre os contratos.

Já João argumentou que não existe histórico de encontros, muito menos para tratar de assuntos ligados à liberação de verbas. E que sua atuação se restringe a Maceió, isto é, conflito de interesses só existiria se o vereador destinasse suas emendas ao orçamento de Maceió para essa finalidade.

“A empresa Megalic participa de pregões eletrônicos e só é vencedora quando oferece o menor valor. Sendo assim, a tentativa de afirmar que há um suposto direcionamento de recursos, é falsa”, argumentou João, mesmo com várias publicações no seu Instagram comemorando a destinação dos recursos do FNDE aos municípios.

Imagem Nota Fiscal

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