Redação
Em liminar, o ministro Walton Alencar, do Tribunal de Contas da União, determinou a imediata suspensão dos repasses feitos pelo Ministério da Educação para compra de kits de robótica por parte das prefeituras beneficiadas com os recursos.
“Os indícios de irregularidades apontados são graves e, caso confirmados, podem ocasionar prejuízo ao erário”, diz a decisão do ministro.
As verbas advêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), controlado pelo Centrão e com forte influência de Arthur Lira. Não por acaso, pelo menos sete municípios alagoanos foram favorecidos com emendas para tal compra, mesmo possuindo escolas sem a mínima estrutura física, como computadores e internet.
Somente este ano, as prefeituras foram agraciadas com R$ 26 milhões. A conjuntura chamou ainda mais a atenção porque os contratos firmados foram feitos com a Megalic, empresa de Edmundo Catunda, pai do vereador por Maceió João Catunda e aliado de Lira.
A empresa sequer produz os kits, na verdade, comprava por R$ 2.700 cada com uma empresa paulista e vendia a R$ 14 mil para os municípios alagoanos e alguns de Pernambuco que também obtiveram os repasses do MEC. Uma diferença de preço de 420% entre compra e revenda.
Relembre toda a conjuntura abaixo:
– Prefeituras alagoanas compraram kit robótica por valor 420% mais caro
– Bolsonaro destina R$ 26 milhões em kit robótica para escolas em Alagoas sem água e computador
– Orçamento secreto beneficia com R$ 54 milhões empresa do pai do vereador João Catunda
– Secretária de Flexeiras confirma que Lira atuou para liberar dinheiro de kit robótica