Redação
Foi realizada nesta terça-feira (17) a primeira audiência promovida pela Justiça da Holanda sobre o caso do afundamento do solo em Maceió. Famílias afetadas e advogados da Braskem foram ouvidos. Até o dia 21 de setembro, a Justiça holandesa vai decidir se há jurisdição para julgar a situação ou não.
A internacionalização virou a esperança de muitas vítimas, que apelam para conseguir as indenizações que consideram justas. As famílias acompanharam de perto a audiência por meio de videoconferência, enquanto três pessoas foram para a Europa depor presencialmente e relatar o drama dos atingidos.
Os movimentos processam a empresa fora do país em virtude das ofertas baixas de compensação aos mais de 14 mil donos de imóveis na região, pois segundo moradores e empresários, o acordo feito entre as autoridades e a Braskem, abarcando moradores do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, foi insuficiente.
Querendo evitar um processo que se arraste por décadas no Brasil, a ação alega que as empresas subsidiárias financeiras da Braskem na Holanda também têm responsabilidade. Já os advogados da mineradora afirmaram que se o Judiciário holandês aceitar o caso, será lotado de ações dos moradores. Além disso, que a Braskem tem feito tudo para reconhecer e indenizar os danos.