Redação*
Embora não seja surpresa, o Partido Progressistas marcou para esta quarta-feira (27) a sua convenção nacional que vai declarar apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à presidência. Neste domingo (24), Arthur Lira (PP) participou da convenção que lançou Bolsonaro como candidato, inclusive vestindo a camisa com o número que o atual presidente vai às urnas.
Uma das principais lideranças do PP, o presidente da Câmara apareceu no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, onde ocorreu o ato político, usando uma camisa polo azul com a frase ‘Bolsonaro 22’.
Lira e Bolsonaro deverão estar juntos, novamente, na convenção do PP, que vai ocorrer no Auditório Nereu Ramos, na própria Câmara dos Deputados. O presidente da Casa está em Alagoas para fazer campanha, durante o recesso do Congresso, mas planeja retornar a Brasília para sacramentar o embarque de seu partido na campanha bolsonarista.
Depois de ter endossado Geraldo Alckmin para o Palácio do Planalto em 2018, os partidos do Centrão embarcaram no governo do ex-capitão e agora apostam no poder que ganharam com Bolsonaro para aumentar suas bancadas no Congresso a partir de 2023.
Esses parlamentares avaliam que o presidente deveria se concentrar no Sudeste, em vez de cumprir agendas no Nordeste, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com folga as pesquisas de intenção de voto.
Em agosto de 2020, após Bolsonaro ter tentado governar sem fazer alianças com os partidos no Congresso, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) assumiu a liderança do governo na Câmara. Depois, em fevereiro de 2021, Lira derrotou o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e foi eleito para a presidência da Casa com apoio do Palácio do Planalto.
Em julho do mesmo ano, o presidente licenciado do PP, Ciro Nogueira, assumiu a Casa Civil, chamada por Bolsonaro de “alma do governo”. Na ocasião, o presidente rebateu as críticas à sua aliança com os partidos que criticava na campanha eleitoral de 2018 e declarou: “Eu sou do Centrão”.
Como parte do governo e no comando da Câmara, o PP acumulou poder nos últimos anos. E é nisso que o partido aposta para crescer, mesmo que Bolsonaro perca a disputa pela Presidência.
“Nós temos o presidente da Câmara, Arthur Lira, temos o ministério mais importante do governo federal, com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. Nós crescemos muito e nos tornamos a segunda maior força política do País.
*com Estadão Conteúdo