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Deserto: desocupação nos bairros afetados pelas rachaduras chega a 98% dos imóveis

1 de setembro de 2022
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Deserto: desocupação nos bairros afetados pelas rachaduras chega a 98% dos imóveis

Foto: Itawi Albuquerque

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Enquanto muitas vítimas ainda buscam por indenizações justas, Braskem preenche poços com areia e tem previsão de concluir os fechamentos entre 2023 e 2024

Por Leonardo Ferreira

Transitar próximo ao Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e demais regiões atingidas pelo afundamento do solo é como presenciar um cenário de guerra, com rastros de destruição para todo lado. Na mais recente atualização da Braskem, a desocupação dos bairros já abarca 98% dos imóveis, deixando um deserto de casas evacuadas e negócios abandonados no meio de Maceió.

Ao todo são 14.523 propriedades condenadas à realocação, num procedimento que iniciou após o abalo de terra que modificou para sempre o cenário urbanístico da capital alagoana, naquele fatídico 03 de março de 2018. Nas zonas A, B e C, as mais próximas da Lagoa Mundaú e classificadas como de maior instabilidade do solo, todos os moradores já saíram de suas casas.

Desde então, a busca por indenizações justas e ágeis, assim como por respostas acerca do futuro dos bairros, tiraram o sono das vítimas, sejam elas residentes ou negociantes, que, de uma hora para outra, tiveram suas vidas drasticamente modificadas. O êxodo urbano obrigou mais de 50 mil pessoas a buscarem outras localidades da Região Metropolitana.

Ao Poder Público e à Braskem, restaram cobranças de suporte e apresentação de soluções para o desastre, chamado até de maior tragédia geológica da atualidade. Procurada pela reportagem, a empresa disse que continua executando o plano para fechamento dos 35 poços de extração de sal, cujas atividades de mineração foram encerradas em 2019.

Desse total, existem quatro cavidades principais, conforme a Defesa Civil de Maceió já informara ao longo do ano passado. O volume dos buracos chega a 1,1 milhão de metros cúbicos. Nessas quatro, que estão sendo preenchidas com solução à base de areia, a previsão de fechamento segue mantida para o fim de 2023.

A Braskem também afirmou que mais cinco poços utilizarão do mesmo método, após estudo e recomendação dos especialistas e aprovação da Agência Nacional de Mineração (ANM). O prazo para fechamento completo desses, porém, é até o fim de 2024. “Os trabalhos nessas cinco cavidades podem ser programados e iniciados após o fechamento das outras quatro para as quais o preenchimento com areia já havia sido indicado”.

Foi dito ainda que o monitoramento dos 35 poços é constante. “Além dos nove poços que serão preenchidos com areia (três com processo em andamento), outros 15 estão sendo tamponados (sete já concluídos) e seis estão em medidas de acompanhamento técnico. Cinco poços foram preenchidos naturalmente, conforme conclusão das empresas especializadas contratadas, a partir dos estudos realizados”, completa a nota.

Indenizações
A partir da revelação do desastre, especulações e discordâncias tomaram conta do debate público sobre as ações que poderiam mitigar o sofrimento dos residentes e donos de negócios. Depois de tanta discussão e reviravolta, ficou definido o Programa de Compensação Financeira, para agrado de uns e desagrado de outros. O montante empenhado pela empresa até aqui totaliza R$ 2,7 bilhões, incluindo indenizações, auxílios e honorários advocatícios.

Em números totais, a Braskem informou que, até o fim de julho, apresentou 16.468 propostas para moradores, sendo 14.550 ofertas aceitas e 12.961 já pagas. Outras 1.030 estão em reanálise, ajustes ou esclarecimentos, enquanto 826 aguardam respostas dos contemplados, ao passo que apenas 62 propostas foram totalmente recusadas, de acordo com a mineradora. No mesmo período, mas para comerciantes e empresários, foram colocadas na mesa 4.896 ofertas, com 3.487 indenizações pagas.

Nem todos
Quando volta ao Mutange, agora um bairro fantasma, o sentimento de Maria Cristina da Silva, 52 anos, é de revolta. Foi lá que ela nasceu, criou-se, fez amigos, mesmo cenário que queria para seus filhos, numa casa construída com muito esforço, sonho este que virou pesadelo num estalar de dedos, deixando-a sem chão. Classifica a data em que recebeu a notificação para deixar o local como o pior dia de sua vida.

“Não tem dinheiro que pague, não tem sentimento que aguente. Ainda permaneço abalada com tudo que aconteceu. Eu gastava cinco minutos de casa para o trabalho, mas agora 1 hora e 20 minutos. Perdi o ânimo. Ainda acredito na Justiça, mas ela é muito demorada”, afirma Maria Cristina, que recebe o aluguel social, mas ainda aguarda pela indenização do imóvel.

Sobre a situação da moradora, a reportagem contatou a Braskem, que disse que a oferta foi aceita formalmente em 26 de janeiro de 2021, no entanto, o caso dela envolve bem de herança, logo precisava ser realizado o inventário. A empresa citou ainda os auxílios ofertados à família pelo programa de compensação.

“O inventário foi recebido no dia 17 de agosto de 2022. Assim que a família apresentar as declarações necessárias, o caso seguirá para assinatura do termo de transação e, em seguida, homologação e pagamento”, justificou a Braskem sobre o trâmite do caso.

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