O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (9/12) que, se houver “qualquer problema” relacionado ao orçamento secreto, vai conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na quarta-feira (7/12), a Corte começou a avaliar quatro ações que questionam a legalidade das emendas de relator, causando ruído na articulação da PEC da Transição no Congresso, mas acabou adiando a decisão para a próxima semana, mantendo o clima de tensão com os parlamentares e com a transição para o novo governo.
Caso o Supremo acabe com o mecanismo, o Congresso poderá mostrar sinais de insatisfação. Lula foi questionado sobre o assunto em entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede da transição de governo, destinada ao anúncio dos primeiros ministros do futuro governo.
“Todo mundo sabe o que eu penso de emenda parlamentar. Eu fui deputado constituinte e eu sempre achei que a emenda de deputado é uma coisa importante, o que não precisa é ser secreta. A emenda do deputado pode ser muito importante se ela estiver acoplada ao orçamento do governo e às obras preferenciais do governo. E quem decide liberar a emenda na verdade é o Poder Executivo”, afirmou Lula.
Em seguida, o petista disse que Lira sabe sua opinião a respeito do orçamento secreto e indicou que poderá seguir tratando do assunto com o deputado.
“Todo mundo sabe que penso isso. O presidente Lira sabe que penso isso. E quero dizer para vocês que se tiver qualquer problema, nós vamos conversar. Eu já conversei duas vezes com o Lira, já conversei duas vezes com o presidente Rodrigo Pacheco [do Senado]. E se for preciso conversar 10 vezes, eu conversarei 10 vezes, para que a gente possa fazer aquilo que for melhor para o povo brasileiro no começo do nosso governo. Eu estou muito tranquilo”, concluiu.
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