O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje as prisões do ex-secretário da Segurança Pública, Anderson Torres, e do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fabio Augusto Vieira.
Torres, que foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro e assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro, estava de férias nos EUA, no domingo, quando terroristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e atacaram os prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto.
Como o ex-ministro ainda está nos EUA, a Polícia Federal deve cumprir o mandado de prisão no momento da chegada, prevista para o fim do mês.
Segundo alguns portais de notícias, o ex-comandante da PM foi preso em casa, sem resistência.
A decisão de Moraes foi resposta a pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que pediu a detenção em flagrante de Torres e de demais agentes públicos que tiveram participação ou se omitiram para facilitar a invasão dos prédios dos Três Poderes.
A AGU ainda solicitou a investigação e responsabilização civil e criminal dos responsáveis de atos ilícitos neste domingo, sendo “indispensável a determinação de apreensão de todos os veículos e demais bens utilizados para transporte e organização dos atos criminosos”.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que o efetivo da PM na Esplanada no dia dos ataques era menor do que o necessário para conter os golpistas.
“Havia um efetivo planejado e um efetivo real. Em um certo momento esse efetivo era três ou quatro vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder”, disse Dino.
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