Por Leonardo Ferreira
Sem recomposição salarial há quase sete anos, servidores de Rio Largo estudam a possibilidade de decretar greve a partir da próxima semana. Uma assembleia geral está marcada para esta segunda-feira (13), às 10h, na Câmara de Vereadores, com o intuito de debater a questão.
De acordo com o Movimento Unificado dos Servidores Públicos de Rio Largo, a data-base é em 1º de maio de cada ano, mas nos últimos seis anos não houve o reajuste. A defasagem salarial já é calculada em torno de 50%, atingindo cerca de 1500 servidores.
Presidente do Sindicato Geral dos Servidores Municipais (SINDSERP), Ailton Renovato explica que ocorreram diversas tentativas de negociação nesse período, apesar do atual prefeito, Gilberto Gonçalves, não gostar de receber sindicatos.
Ainda conforme Ailton, após muita luta, a atual gestão recebeu os sindicatos para dialogar em novembro de 2021, com a promessa de se criar uma mesa de negociação para 2022. O que nunca ocorreu.
“Foram diversos expedientes enviados cobrando resposta e nada. Abrimos um procedimento no Ministério Público ano passado, com o intuito de mediar essa celeuma, mas sem êxito, encerrando a possível proposta de reajuste salarial”, contou.
Ele explica que o Município de Rio Largo, através da Procuradoria Geral, alega não ter condições de custear nada de reajuste, embora seja um direito do servidor. Por outro lado, tem dinheiro para contratar via processo seletivo.
“É um absurdo. Questionei junto aos demais líderes sindicais presentes na última reunião, no dia de ontem (09), e solicitei uma auditoria em todas as contratações precárias – sem concurso público, por via de PSS, realizadas recentemente pela gestão”, disse Ailton.
Ao todo, mais três classes compõem o movimento unificado: SINDPREV, SINDACS e SATEAL. Os sindicatos estão convocando os servidores para comparecer em massa à audiência para que a greve ou outras ações possam ser definidas.
“Teremos uma assembleia geral para deliberar nossas próximas ações. Precisamos de apoio, de visibilidade a esse ato. O assédio moral em Rio Largo contra o servidor público é assustador. Até para participar de um ato sindical são ameaçados”, explicam.
A Folha busca contato com a Prefeitura de Rio Largo e está aberta a possíveis esclarecimentos sobre a recomposição do funcionalismo público.















