Redação
Nesta quinta-feira (23), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), fez um discurso duro à imprensa contra a conduta do Senado por desejar o retorno imediato do rito de tramitação de medidas provisórias, com a criação de comissões mistas paritárias, com 12 deputados e 12 senadores.
Lira acusa o Senado de truculência, mas disse que isso não vai resolver. “O Senado não pode ser refém de Alagoas e nem do Amapá”, afirmou, em clara citação a participações de Renan Calheiros (MDB) e a Davi Alcolumbre (UB).
“Há dificuldade em se entender quem manda ou quem dirige o Senado. Posicionamentos políticos locais não deveriam interferir na dinâmica do Brasil. Lamento que a política regional ou local de Alagoas interfira no Brasil”, criticou Lira.
O presidente da Câmara afirmou que os deputados analisarão na semana que vem medidas provisórias do governo anterior. A decisão, de acordo com ele, foi um gesto de “bom senso” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). O impasse sobre o rito de análise permanece para os textos enviados pelo governo Lula.