As 731 empresas de economia criativa existentes em Alagoas em 2020 movimentaram, naquele ano, R$ 560 milhões em receita e cerca de R$ 130 milhões em lucro, segundo o estudo sobre o PIB (Produto Interno Bruto) da Economia da Cultura e Indústrias Criativas (ECIC) no Brasil, lançado nesta terça-feira (11), em São Paulo, no Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura.
A pesquisa, desenvolvida pelo Observatório Itaú Cultural, revela que no quarto trimestre de 2022, o número de pessoas ocupadas na economia da cultura e das indústrias criativas em Alagoas era de 43.639, o correspondente a cerca de 3% do total de trabalhadores do estado. A remuneração média para esses trabalhadores é de R$ 2.495, um rendimento superior ao da média estadual de R$ 1.848.
Em todo o País, o segmento cultural brasileiro movimentou R$ 230,14 bilhões, o correspondente a 3,11% de toda a riqueza produzida na economia naquele ano, que somou R$ 7,4 trilhões. Segundo o estudo, a magnitude da participação das indústrias criativas em 2020 foi maior do que setores importantes da indústria brasileira, como o automotivo, que respondeu por 2,1% do PIB, com um ponto percentual a menos que a cultura e as indústrias criativas no mesmo intervalo.
A pesquisa considerou dados dos seguintes setores criativos: atividades artesanais; moda; editorial; cinema, rádio e TV; música; arquitetura; tecnologia da informação, desenvolvimento de softwares e jogos digitais; publicidade e serviços empresariais; design, artes cênicas, artes visuais (incluindo fotografia); museus e patrimônio.
Panorama
Durante o Fórum, foram apresentados um panorama a partir do Observatório do Itaú Cultural com evidências e dados; indicadores socioeconômicos; mercado de trabalho e empreendimentos; e instrumentos para viabilizar os repasses por Estados e Municípios.
A superintendente de Economia Criativa, Fomento e Incentivo à Cultura de Alagoas, Natalia Teles, que participou do Fórum em São Paulo, ressaltou a importância do evento para o setor. “Hoje foi um dia de trocar experiências, aprender, definir parâmetros e métricas para avançar na coleta e análise dos dados da Cultura e das Indústrias Criativas. Também tivemos a oportunidade de conhecer e debater sobre a nova Instrução Normativa da Lei Rouanet e o Manual do Patrocinador”, destacou.
Na ocasião, também foi elaborado, em parceira com o Ministério da Cultura, Fundação Casa de Rui Barbosa e a Fundação Itaú, a Carta de São Paulo, um documento que pactua o interesse em formar uma rede dedicada à produção de evidências e dados estatísticos, com o objetivo de aprimorar os estudos sobre PIB da Economia da Cultura e Indústrias Criativas, levando em consideração as diferenças e diversidades regionais, múltiplos saberes e campos simbólicos, assim como as distintas fontes de dados existentes.
Confira o documento na íntegra aqui.
O estudo completo pode ser lido no site https://www.itaucultural.org.br/observatorio/paineldedados/
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