Uma vez que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro se tornou um cenário inevitável, o governo Lula (PT) quer usar a comissão para investigar os financiadores dos atos antidemocráticos. Na presidência da CPMI estaria o senador Renan Calheiros (MDB) ou Omar Aziz (PSD).
A avaliação é de que com quebras de sigilo fiscal e bancário – umas das prerrogativas de Comissões Parlamentares de Inquérito –, será mais fácil chegar aos empresários que financiaram a invasão dos poderes.
“A CPI vai para cima dos financiadores do 8 de janeiro. Expõe o primeiro e a CPI acaba para o bolsonarismo”, afirmou um auxiliar do presidente.
O governo acredita que há um cruzamento entre financiadores do 8 de janeiro e apoiadores de campanhas dos parlamentares da oposição, e aposta num efeito secundário da abertura da comissão: gente que poderia ainda estar fornecendo recursos para bolsonaristas – ou pretendia fazê-lo – ficaria coagido a não fazer.
Além de quebras de sigilo, a base governista vai tentar dar à CPI, logo de início, acesso às investigações sobre os atos antidemocráticos que estão sob a relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Redação, com Agências