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Paraty recebe exposição inédita da artista alagoana Tânia Pedrosa

12 de julho de 2023
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Paraty recebe exposição inédita da artista alagoana Tânia Pedrosa
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A artista alagoana Tânia de Maya Pedrosa, premiada pintora de arte naïf com obras em salões de arte, museus, galerias e bienais no Brasil e na Europa, será homenageada por ocasião dos seus 90 anos, com a exposição “Das Lagoas ao Imaginário Popular”, realizada na Galeria André Cunha, no Minimuseu de Arte Naïf (Miman), no Centro Histórico de Paraty. A mostra será aberta no próximo sábado, dia 15 de julho, e vai até 20 de agosto. O encontro vai reunir artistas naïfs de todas as regiões brasileiras, em uma programação que inclui cultura, diversão e arte.

 

André Cunha, artista visual naïf e diretor fundador do Miman, explica: “A ideia da homenagem à Tania Pedrosa foi da artista mineira Parísina Ribeiro, da cidade de Diamantina, também uma grande artista. Então pensamos em fazer algo diferente: a biografia de Tânia pintada e bordada por 46 artistas naïf inspirados na vida dela. Certamente será uma exibição cultural de grande valor artístico”.

 

PROGRAMAÇÃO

 

A abertura será no sábado, 15/07, às 9h, e terá como cenário a Praça da Matriz da cidade fluminense, com trabalhos e oficinas ao ar livre, com destaque para a criação de bordados em caixinhas de fósforos, pelas artistas Parísina Ribeiro e Marisa Silva. À noite, um coquetel vai marcar a abertura das exposições “Das Lagoas ao Imaginário Popular – 90 anos de história”, e “Cidades Históricas – patrimônio e bordados em caixas de fósforos”, na galeria do Miman.

 

A ARTISTA

 

Tânia de Maya Pedrosa nasceu em outubro de 1933. Aprendeu piano com sua mãe Benita Mathilde de Maya, professora e pianista que cultivava a música clássica. Com seu pai, Paulo Pedrosa, empresário e pioneiro ecologista alagoano, herdou o amor à natureza.

 

Formada e pós-graduada em Direito, Tânia desde cedo se dedicou aos estudos da arte e da cultura, interesse que se acentuou com a convivência com amigos, como Aurélio Buarque de Holanda, Lêdo Ivo, os professores Viola e Ignacy Sachs e o arquiteto-paisagista Roberto Burle Marx.

 

Era em um quarto nos fundos da casa e com o portão fechado que Tânia pintava timidamente suas telas, até que o amigo Lula Nogueira, também artista plástico, conhecendo seu acervo, instigou a artista a expor seus trabalhos em 1998. Neste mesmo ano recebeu o Prêmio Aquisição, da Bienal Naïf do Brasil, realizada em São Paulo. Na edição seguinte, em 2000, recebeu o Prêmio Destaque e, em 2006, mais uma vez, o Prêmio Aquisição, além de outras premiações em sucessivas edições da Bienal e reconhecimentos no Brasil e no exterior.

 

Seus quadros percorreram o mundo e foram expostos em galerias, museus e coleções, como a Galérie Pro Arte Kasper, na Suíça; o Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil (MIAN), no Rio de Janeiro; a Representação da Unesco no Brasil, em Brasília; o Centre Régional d’Art Contemporain, na França; o Musée de la création Franche e o Musée des Beaux Arts, ambos na França.

 

As pinturas de Tânia se destacam pelas cores majestosas e pelos desenhos de traços simples, carregados de um universo simbólico nordestino, com referências às crendices populares e tradições religiosas, sendo ela uma cronista que interpreta e transpõe para as telas a realidade em que vive e respira. “Tenho muito orgulho que minha obra seja considerada naïf, mas gosto sempre de lembrar que o que faço é escrever com os pincéis. E, por meio deles, construir uma memória visual da paisagem e de um modo de vida popular brasileiros, um jeito simples de viver. Isso é o que realmente importa”.

 

Ao lado de sua obra pictórica, Tânia, ainda jovem, começou a colecionar obras de arte popular brasileira, percorrendo o interior de Alagoas e os sertões nordestinos, onde descobriu e deu visibilidade a artistas até então desconhecidos. Passou a se dedicar ao estudo e à pesquisa, tendo publicado livros a respeito: Arte Alagoas I, Arte Alagoas II e Arte Popular de Alagoas.

 

Tendo formado uma das maiores e mais relevantes coleções de arte popular alagoana e nordestina, seu acervo possui mais de 1.500 peças de artistas populares de Alagoas e do Nordeste. Para o poeta Lêdo Ivo, da Academia Brasileira de Letras, Tânia não era uma colecionadora, mas uma guardiã de tesouros. São esculturas em madeira, cerâmica, ferro, pedra, bordado que se encontram na sua casa-ateliê e na sede do IPHAN, em Maceió, com 372 peças cedidas gratuitamente em comodato, na exposição permanente “A invenção da Terra”.

 

 

 

O MIMAN

 

Em uma casa de fachada simples, porém ampla, à altura de sua grandiosidade de formas e conteúdo, espraiada pelas ruas do Centro Histórico de Paraty, fica o Minimuseu de Arte Naïf, o Miman, nascido em 2018, de um sonho de dois artistas, os diretores e fundadores André Cunha e Pedro Cruz.

 

O museu chega aos dois anos de atuação, com o que o diferencia entre outros museus: as telas são de pequenos formatos, evidenciando o talento de artistas naïfs. No museu, salta aos olhos, em telas pouco maiores que a palma de uma mão, a diversidade de estilos e o requinte da produção naïf brasileira.

 

“Durante a pandemia, passamos um tempo fechados, só produzindo para sua abertura. Usamos todo o espaço do mezanino da galeria para fazer a exposição, e hoje já temos 140 artistas de todas as regiões do Brasil. O Nordeste é muito importante para nós, é o berço da Arte Naïf”, assinala André Cunha.

 

ARTE NAÏF

 

Para entender o que é Arte Naïf no contexto de hoje, o diretor e fundador do Miman, Pedro Cruz, assinala que se trata de um “movimento de autoafirmação”, iniciado há mais 100 anos, com o impressionismo do artista francês Henri Rousseau.

 

“Continuamos a buscar uma identidade própria, que é mostrar sua cara e suas cores. Seu estilo não está preso a nenhum outro. É uma escola que não obedece a regras. Esse é um cerne poderoso da Arte Naïf. A Tânia Pedrosa é uma explosão de talento em seu universo simbólico, praticamente uma expressão muito própria dela mesmo. Tânia tem uma produção visceral, e não vem programada para agradar à crítica e ao público. A Tânia tem sua maneira de ler a cultura brasileira, ler o Nordeste, ler o Cangaço e a religiosidade popular”, finaliza Pedro Cruz.

 

*Mário Lima é jornalista e escritor alagoano

 

Contato: Mário Lima 082.99135.4040 mariolimafernando@gmail.com

 

SITE https://www.taniademayapedrosa.com.br/

 

Exposição “Invenção da Terra”: https://casasdopatrimonioal.wordpress.com/a-invencao-da-terra-colecao-de-tania-de-maya-pedrosa/

 

https://www.instagram.com/andrecunhaartenaif/

/Assessoria

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