Redação
A defesa da jornalista Maria Aparecida de Oliveira se manifestou por meio de comunicado sobre a prisão ocorrida nesta sexta-feira (21). Os advogados Thiago Pinheiro e Alessandra Wegermann consideram a prisão decretada e mantida, por ocasião da audiência de custódia, ilegal.
Entre outros fatores, foi citada a questão da idade da jornalista, que tem 73 anos, fragilizando a sua saúde física e a deixando vulnerável a eventuais ataques promovidos dentro do cárcere e patrocinado para além dos seus muros. A nota também repudia a prisão antes de um julgamento.
“Em suma, a prisão se apresenta em uma evidente ofensa às hipóteses bastante restritas que possibilitam um decreto preventivo, notadamente por se tratar de crimes de menor potencial ofensivo, sem violência ou grave ameaça e quando há diversas medidas alternativas/cautelares a uma prisão antecipada”, dizem.
“O caso será levado ao Judiciário, no seu grau máximo, para restituir a liberdade e cobrar medidas de reparação”, completam os advogados.
Maria Aparecida, que acumula polêmicas e mais de 50 processos por conta de seus vídeos nas redes sociais, teve a prisão decretada pelo juiz George Omena, após uma ação ingressada pela juíza Emanuela Porangaba, alvo de um vídeo da jornalista no início de julho.
No conteúdo, a jornalista acusou a juíza de estar envolvida em “maracutaias” com a Braskem e outras situações. Emanuela Porangaba, então, entrou com uma queixa-crime, e a Justiça determinou a prisão preventiva de Maria Aparecida, sob a justificativa da garantia da ordem pública.