A Campanha Setembro Verde começa com uma ótima notícia: Alagoas registrou um aumento de 12,5% no número de transplantes de órgãos realizados este ano. Enquanto 63 procedimentos foram feitos nos últimos oito meses, no mesmo período de 2022 foram contabilizados 56 transplantes. Atualmente, a fila de espera no estado possui 445 pessoas aguardando por um transplante de córnea, 36 por um de rim, e cinco por um de fígado.
Dos transplantes realizados de janeiro a agosto do ano passado em Alagoas, 45 foram de córnea, cinco de fígado e seis de rim. Já em 2023, os transplantes de córnea totalizaram 55, os de fígado seis, e os de rim foram dois. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pela Central de Transplantes de Alagoas, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Entre os beneficiados está o aposentado Miguel Barbosa, que está entre os transplantados de córnea este ano. Acometido por catarata, doença degenerativa e progressiva do cristalino, ele chegou a fazer a cirurgia de correção, mas, devido a problemas no pós-operatório, o transplante se tornou a única solução para voltar a enxergar.

“Fiz a cirurgia, mas tive um problema na recuperação e, com isso, o médico disse que só o transplante resolveria minha situação. Felizmente foi encontrado um doador compatível comigo e fiz o transplante em julho deste ano, o que me possibilitou voltar a enxergar. Por isso, você que não se declarou doador e não falou com sua família sobre isso, repense e converse sobre o assunto”, apelou Miguel Barbosa.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o aumento de transplantes registrados em Alagoas este ano representa o esforço dos técnicos que integram a Central de Transplantes de Alagoas.
“Contamos com uma equipe altamente qualificada e comprometida, que não mede esforços para conscientizar e realizar a captação de órgãos. Como sabemos, a doação ocorre mediante autorização familiar, mas o trabalho técnico feito de forma assertiva faz a diferença”, exaltou o gestor da saúde estadual.
“Doar órgãos é uma ato de nobreza e amor, porque a gente só doa o que temos de bom. Por isso, é importante conversar com a família sobre o desejo de se tornar doador de órgãos, uma vez que só eles podem autorizar o procedimento posteriormente”, afirmou Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas.
Redação, com Agência Alagoas