Enquanto a disputa entre o Real Madrid e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pelos serviços de Carlo Ancelotti continua acirrada, o técnico italiano se recusa a falar sobre o assunto e pode não revelar seus planos até o final da temporada.
“Vou lhe dar a chance de fazer outra pergunta”, disse Ancelotti, visivelmente irritado, a um repórter durante entrevista coletiva nesta terça-feira, antes da partida do Real contra o Napoli pela Liga dos Campeões, quando perguntado se ficaria no clube por mais uma temporada. “Repito, não estou falando sobre meu futuro.”
Com seu contrato expirando no final da atual temporada europeia e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, se mostrando confiante sobre a contratação do italiano de 64 anos, o Real se esforça para manter o único técnico que já conquistou todas as cinco grandes ligas da Europa.
Um representante do clube confirmou que o presidente do Real, Florentino Pérez, está pensando em oferecer uma renovação de contrato, enquanto um diretor da CBF disse que a seleção brasileira espera tê-lo à disposição para a Copa América do ano que vem nos Estados Unidos.
A CBF espera assinar formalmente com Ancelotti até meados de janeiro, anulando uma cláusula que prolonga seu contrato com o Real por mais um ano, e diz que tem “salvaguardas legais” para proteger seus interesses caso o acordo não se concretize.
“O presidente (Ednaldo Rodrigues) não teria assinado um contrato de um ano com Fernando Diniz em uma posição de interino se não tivesse um plano sério em andamento”, disse uma fonte da CBF à Reuters.
“Nada mudou na posição do presidente desde a última vez que ele falou com a imprensa. O plano é Carlo Ancelotti e estamos muito confortáveis e confiantes com o compromisso que temos de fazer isso acontecer.”
Rodrigues disse à Reuters em março que Ancelotti era o favorito da seleção, e, em julho, na apresentação do interino Diniz, ele continuou confiante: “Ele (Ancelotti) estará aqui, podem ter certeza disso”.
Ancelotti, no entanto, sempre se recusou a entrar na discussão. “Não penso nisso (em meu futuro)”, afirmou. “Estou orgulhoso que a seleção brasileira esteja falando sobre mim, mas não vou falar sobre meu futuro até que meu contrato termine.”
“No final, no máximo seria uma espera de seis meses. O que são seis meses diante de uma decisão de uma vida inteira?”
O técnico do Bayer Leverkusen e ex-meio-campista do Real, Xabi Alonso, provavelmente será o substituto preferido caso Ancelotti saia.
/Terra