Redação
Nesta quarta-feira (29), a Defesa Civil alertou a população maceioense para o risco de abertura de uma cratera na região do Mutange em decorrência do possível afundamento de uma das minas operadas pela Braskem.
Mais precisamente, a mina sob risco iminente é a de número 18, que fica perto do antigo campo do CSA. Sem o devido tempo para preenchimento, o buraco tem apresentado diversos tremores desde o início do mês, o que levou ao estado de alerta por parte da Defesa Civil.
Todos os trabalhadores da Braskem foram retirados do local, assim como o trânsito nas proximidades foi bloqueado. Também está proibido pescar na região. Quem trouxe os detalhes foi o coordenador do órgão municipal, Abelardo Nobre, em entrevista à TV Pajuçara.
“Esses sismos cada vez mais com maior intensidade, frequência e indo em direção à superfície. Com esses dados e também de outro aparelhos, chegamos à conclusão que há uma iminência de colapso desta mina”, explicou.
Na TV, Abelardo cita que é preciso cuidado, porque se trata de um fenômeno sem precedentes e manual de instrução. “Com essas condicionantes e essas características, é único no mundo. Nosso trabalho tem que ser muito técnico e cauteloso”, disse ele, ao pedir serenidade.
A proporção do possível rompimento não dá, portanto, para dimensionar agora. Há o risco de se romper próximo à pista, na superfície, ou na área da lagoa, submersa, o que traria distintas consequências.
“Hoje, o nosso risco maior é o submerso, porque o impacto ambiental é maior nessa região. No momento em que a água da lagoa, que tem um equilíbrio entre a água salgada e água doce, proporcionando, por exemplo, o mangue, e tem o contato com essa cavidade que pode vir com um fluído com bastante sal, tem o aumento da salinidade”, completou o gestor.
